Imagens obtidas pela Polícia Civil mostram último momentos de manicure gravida encontrada morta na linha do trem Reprodução

Rio - Um vídeo pode ajudar a Polícia Civil a identificar quem matou Thaysa Campos dos Santos, de 23 anos, em setembro do ano passado. Ela estava grávida de oito meses quando desapareceu, no dia 4 daquele mês. O corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição na linha férrea, em Deodoro, na Zona Oeste do Rio, e não havia sinais da criança. O local fica próximo da câmera que registrou os últimos momentos de Thaysa.

Na imagem, divulgada pelo Extra e obtida pelo DIA, um homem conduz Thaysa pelo pescoço. Aparentemente ela chega a tentar uma resistência, para e tenta voltar, mas o homem a força a seguir com ele, até que os dois ficam encobertos pelas árvores.
Thaysa aparece carregando a bolsa de bebê que havia ido buscar na casa de uma amiga. No momento em que seu corpo foi encontrado, sete dias após o desaparecimento, a bolsa estava próxima a ela. Thaysa preparava o enxoval da criança, que se chamaria Isabela.

"Tenho certeza que a ampla divulgação desse vídeo pode ajudar a polícia a desvendar o crime, pois vai possibilitar que a sociedade auxilie na divulgação desse personagem, que pode estar envolvido diretamente no crime. No entanto, provavelmente ele não agiu sozinho. O corpo foi encontrado sem a criança no ventre. Retiraram a criança e mataram a mãe. Não se trata de um crime de ocasião. Ao que tudo indica, a motivação desse crime gira em torno da gravidez", diz o advogado da família, Zoser hardman, que pede que a população denuncie:

"Embora a imagem não seja nítida, quem conhece o homem pode ter condições de identificá-lo. É importante lembrar que, quem tiver qualquer receio de passar informação, pode procurar o Disque-Denúncia (21 2253-1177 / 21 98849-6099 - WhatsApp). O anonimato é garantido. Toda informação será checada com absoluto rigor pela Polícia Civil. Foi um crime bárbaro, que precisa ser esclarecido. Precisamos saber quem matou Thaysa e por quê. E onde está Isabela". 

O caso, que inicialmente foi investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), passou para a alçada da Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital), em maio deste ano. No dia 6 de agosto, foi feita a exumação do corpo. Os agentes confirmaram que a criança não estava no ventre, e não havia sinais da placenta. Foram colhidos elementos para se chegar à causa da morte e material da medula óssea da vítima, para saber se ela havia ingerido alguma substância abortiva. A investigação corre sob sigilo.

Celular foi encontrado em Caxias

Segundo o advogado, há outra peça na investigação que pode ajudar a polícia a solucionar o caso: o celular da vítima, que foi recuperado pelos investigadores em um camelô em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

"O vendedor contou que adquiriu o aparelho de um outro box de camelô. Já o responsável por essa outra loja disse que comprou o celular de um homem, e produziu um retrato falado dele, mas que não tem qualidade. A família autorizou que a polícia realizasse uma perícia no aparelho para a recuperação de dados. Acredito que isso pode ajudar nas investigações".