Eduardo Paes em live desta terça-feiraReprodução

Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, esclareceu, em live na noite desta terça-feira, que a antecipação da segunda dose da vacina da Pfizer para pessoas acima de 50 anos atende o público que decidiu se vacinar após a obrigatoriedade do chamado passaporte da vacina para utilizar determinados serviços na cidade. Segundo ele, há 23 mil pessoas nessa situação. 
"Para eles, resolvemos encurtar a aplicação da segunda dose, para proteger a vida dessas pessoas. Não importa no que o sujeito pensa, se acha que a terra é plana, que isso tudo é uma grande conspiração comunista, mas queremos que essas pessoas vivam. A gente não julga as pessoas pelas suas crenças", disse o prefeito. 
Paes afirmou que deseja encurtar o prazo da segunda dose da Pfizer para a faixa etária abaixo dos 50 anos, medida que ainda está sob avaliação. Sobre casos de falsificação do passaporte da vacina, o prefeito citou penalização em mil reais aprovada pela Câmara dos Deputados.
"Queria lembrar aos malandros que estão falsificando passaporte da vacina, e os que compram deles, que a Câmara aprovou, na semana passada, uma multa pecuniária de mil reais para quem for flagrado, além de enquadramento em outro crimes".
Eduardo Paes destacou números da vacinação. Segundo afirmou, a cidade do Rio tem 99,7% da população adulta vacinada com a primeira dose e 64,6% dos cariocas adultos vacinados com a segunda dose.
"Isso vai criando gatilhos no nosso decreto. À medida que tivermos mais pessoas imunizadas, permitimos mais atividades na cidade. A partir de hoje podemos ter show com 500 pessoas em espaços abertos e boates com 50% de ocupação. Para quem é contra vacina, entendam que nosso objetivo ao exigir o passaporte da vacinação é permitir que a cidade volte ao seu normal, que as pessoas possam ter o mínimo de convívio".
Falta de profissionais de saúde na rede municipal 
O prefeito admitiu carência de pessoal nas unidades de saúde município. 
"É uma verdade. A gente tem ainda passado por uma situação muito difícil. Esse é um quadro que a gente vai transformando aos poucos. Infelizmente, são seis mil profissionais de saúde a menos que encontramos no início deste anos se comparado com 2016, quando saí da prefeitura. É óbvio, já estou aqui há nove meses, não quero ficar dando desculpas nem culpar meu antecessor... Mas, para construir uma rede de saúde de qualidade, com 70% de cobertura com as Clínicas da Família, dá um trabalho. A gente levou oito anos construindo isso. Para destruir isso é rápido. Pegamos com35%, 40% de cobertura. A gente vai voltar aos 70%, mas isso leva um tempo", disse o prefeito sem precisar prazos.   
Paes prometeu zerar a fila do Sisreg no período de um ano e meio: 
"As 450 mil pessoas que estão na fila do Sisreg... A gente vai fazer um processo de um ano e meio. Vamos gastar mais de um bilhão de reais, mas vamos zerar essa fila. Isso é um absurdo. Isso já era um problema no final do meu governo, tinham 70 mil, 80 mil pessoas, e deu uma agravada, claro, também em razão da pandemia, quando segurou-se as cirurgias eletivas. Mas vamos zerar essa fila ao longo de 22 e primeiro semestre de 23".