Cachorro no momento do embarque, segundo a jovemReprodução

Rio - A dona do cachorro Zyon, da raça Golden Retriever, que morreu após um voo de São Paulo para o Rio de Janeiro, não vai aceitar receber outro filhote do canil que enviou o animal. Gabriela Duque, de 24 anos, e a sua família disseram que receberam uma oferta logo após o ocorrido, mas que decidiram, em conjunto, viver o luto por Zyon e buscar justiça para que o mesmo não aconteça com outros animais. Em nota, a família agradeceu a boa intenção de amenizar a dor e destacou que o canil se mostrou prestativo e atencioso em todos os momentos.
A família acusa a empresa Latam Airlines de ter causado a morte do cachorro. Segundo Gabriela, o caso aconteceu no último dia 14, quando o animal chegava ao Rio de Janeiro. "Eu não tive a oportunidade de conhecê-lo. Na primeira foto é como ele chegou para mim, quase morto, na segunda foto era ele antes de embarcar no voo", disse a estudante.
Veja o relato na íntegra da dona do cachorro Zyon. Imagens mostram com ele foi enviado pelo canil e como ele chegou no aeroporto do Rio de Janeiro:
 
 
 
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Já a Latam se pronunciou sobre o ocorrido dizendo que se solidariza com a tristeza vivida por Gabriela e que fará tudo que está ao seu alcance para oferecer a assistência necessária. A empresa esclareceu ainda que seguiu todos os procedimentos de aceitação e transporte do pet que atendem rigorosamente aos regulamentos de autoridades nacionais e internacionais.
"Desde o embarque no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), o pet foi acompanhado de acordo com os mais rígidos protocolos de segurança, aguardando em ambiente refrigerado até a entrada na aeronave e permanecendo hidratado ao longo do trajeto".
A Latam alegou que após o pouso, ainda dentro do kennel (caixa de transporte), uma equipe do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão) identificou que o animal encontrava-se com sinais de mal-estar e o levou até uma clínica veterinária. Ainda segundo a empresa, foi feito um trajeto de 7,5 km.
"Reforçamos que o pet não foi exposto ao sol ou passou calor e que nossa equipe esteve junto dele e de sua tutora durante todo o atendimento, e se manteve disponível via telefone inclusive após a internação do pet", complementou na nota.
O presidente da comissão de direito dos animais da câmara, Luiz Ramos filho, vai acompanhar as investigações sobre a morte do cachorrinho após o voo da Latam. "Precisamos de respostas sobre o que aconteceu de fato. A empresa tem que ter responsabilidade, porque está transportando um ser vivo que não pode sequer pedir ajuda. Não é possível que tratem com o mesmo desprezo que tratam as malas, que são atiradas de um lado para o outro. Era um filhotinho, que exigia ainda mais cuidados. Se não tem capacidade para cuidar, nao pode transportar", disse Luiz Ramos Filho.
Dona relata ameaças na internet
A assessoria de imprensa da tutora de Zyon disse que a jovem tem sofrido ameaças na internet depois que expôs o caso. "A jovem, além de viver o luto por seu animal de estimação, também recebe, devido à grande exposição sofrida, ataques de terceiros".
*Estagiária sob supervisão de Mário Boechat