Mário PeixotoReprodução

Rio - A Justiça do Rio determinou, nesta segunda-feira, o bloqueio de bens o empresário Mário Peixoto, do ex-diretor da Faetec Gilson Carlos Rodrigues Paulino, do ex-diretor da Atrio-Rio Service Tecnologia e Serviços Ltda Matheus Ramos Mendes. Além deles, a empresa Gaia Service Tech Tecnologia e Serviços Ltda também teve os bens bloqueados.
Na decisão, o juiz Bruno Bodart, da 10ª Vara da Fazenda Pública da Capital, proibiu que a Gaia Service Tech de assinar novos contratos administrativos com o poder público. Mário Peixoto é apontado como um beneficiário de um esquema de corrupção do governo de Wilson Witzel.
“Desse modo, antecipo os efeitos da proibição de celebração de contratos administrativos pela pessoa jurídica Gaia Service Tech Tecnologia Ltda, até o trânsito em julgado neste processo. Deverá o Estado do Rio de Janeiro comprovar nos autos que procedeu aos registros necessários ao cumprimento da determinação”, destacou o magistrado.
O juiz também considera que Gilson Carlos teria participado ativamente do processo de seleção para contratações emergenciais da Atrio-Rio Service durante o período em que esteve no comando da Faetec e da Cecierj. O total do contrato chega a quase R$ 108 milhões, enquanto em outros dois contratos, o valor somado é de R$ 14 milhões.
“Os documentos indicam que contratações foram direcionadas, havendo probabilidade da prática dos atos de improbidade administrativa previstos no artigo 10 ('facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionados no artigo 1° desta lei)”, escreveu o juiz.