II Tribunal do Juri,no Forum da Capital no centro do Rio de Janeiro, começa a ouvir 12 testemunhas do caso Henry Borel, nesta quarta feira (06)FabioCosta
Caso Henry: juíza interrompe audiência após início de discussão
'Aqui não é CPI. Aqui a gente está para ouvir a testemunha. Isso aqui não vai virar circo!', disse a juíza Elizabeth Machado. Discussão teve início durante depoimento do delegado Henrique Damasceno
Rio - A juíza Elizabeth Machado Louro precisou interromper o depoimento do delegado Henrique Damasceno, primeira testemunha ouvida na audiência sobre a morte do menino Henry Borel, de 4 anos, após discussão entre o promotor do Ministério Público, Fábio Vieira, e o advogado de defesa de Monique Medeiros, Thiago Minagé. O advogado disse que Damasceno estava dando opiniões e não falando sobre os fatos do dia do crime.
Para dar continuidade ao depoimento do delegado, a juíza teve que intervir na discussão e comparou a audiência à CPI da Covid-19, marcada por discussões entre os presentes. “Aqui não é CPI. Aqui a gente está para ouvir a testemunha. Isso aqui não vai virar circo!”, afirmou.
Em depoimento, o delegado Damasceno, responsável pela investigação do caso, disse que, segundo a equipe médica e os laudos periciais, Henry já chegou morto ao hospital, apesar de ter sido submetido a manobras de ressuscitação.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) deu início, nesta quarta-feira, por volta das 9h30, à primeira audiência da morte de Henry Borel. O pai do menino, Leniel Borel, em entrevista à imprensa, mostrou descontentamento com o desaparecimento de algumas testemunhas de acusação contra a ex-mulher Monique Medeiros e o namorado dela, o Dr. Jairinho, a quem chamou de monstros.
Para a audiência, está previsto o depoimento de 12 testemunhas de acusação, mas algumas não foram localizadas pela justiça. A mãe de Henry participa pessoalmente da primeira audiência, enquanto Dr. Jairinho acompanha por vídeo conferência.
Relembre o caso
Henry Borel tinha 4 anos e morreu na madrugada do dia 8 de março deste ano, após dar entrada na emergência do Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. As investigações e os laudos da Polícia Civil apontaram que a criança morreu em decorrência de agressões e torturas.
O padrasto, Dr. Jairinho, e a mãe do menino, Monique Medeiros, foram indiciados pelo crime. O casal responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas. Para a polícia, a mãe de Henry Borel era conivente com as agressões do namorado contra o filho.
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