Pai do menino Henry Borel, Leniel Borel, chega ao Tribunal de Justiça do Rio e recebe apoio de manifestantes Marcos Porto / Agência O Dia

Rio - Pai do pequeno Henry Borel, Leniel Borel chegou por volta das 9h30 no Tribunal de Justiça do Rio para a primeira audiência da morte de seu filho que começou nesta quarta-feira (6). Em entrevista à imprensa, o engenheiro mostrou descontentamento com o desaparecimento de algumas testemunhas de acusação contra a ex-mulher Monique Medeiros e o namorado dela Jairo Souza dos Santos Júnior, o Dr. Jairinho, a quem chamou de monstros. 
"Espero agora que aqueles dois monstros que assassinaram brutalmente meu filho, que a verdade seja esclarecida e eles saiam daqui punidos de maneira proporcional à brutalidade que fizeram com ele", disse Leniel, completando, sobre o sumiço das testemunhas de acusação: "É muito estranho. Pra mim é muito estranho, realmente seis testemunhas chaves não aparecerem". 
Leniel é assistente de acusação no caso que julga a morte do próprio filho. Para o engenheiro, a estratégia da defesa da ex-mulher, de tentar colocar a culpa em Jairinho, não a inocenta. Na porta do Tribunal do Rio, foi acolhido por manifestantes que estenderam faixa em homenagem ao menino Henry. 
"A Monique teve toda a oportunidade do mundo para poder falar, e nada falou", reforçou. 
Está previsto o depoimento de 12 testemunhas de acusação, mas algumas não foram localizadas pela justiça. 
Monique Medeiros participa pessoalmente da primeira audiência. Já Jairinho acompanha por vídeo conferência. 
Para a Polícia Civil, Henry Borel, de 4 anos, foi torturado e assassinado pelo padrasto. Jairinho e Monique foram indiciados por homicídio triplamente qualificado e tortura. O ex-vereador ainda responde por outros crimes contra a ex-mulher e filhos de ex-namoradas.