Glaidson Santos e a esposa Mirelis ZerpaReprodução
'Faraó das Bitcoins' ficará isolado e monitorado em cela
Por ordem da Justiça Federal, ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos vai retornar para a Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, mesma cadeia onde a Seap apreendeu picanhas e celulares em uma cela ao lado da dele
Rio - A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio determinou, nesta quinta-feira (7), que o ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como 'Faraó das bitcoins', ficará isolado em uma cela, sem contato com outros presos, e será monitorado por câmeras de segurança. Por determinação da Justiça Federal, ele vai deixar a Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1, e retornar para a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, ambas em Bangu, na Zona Oeste.
A medida segue determinação do secretário de Administração Penitenciária, Fernando Veloso, e visa impedir que o principal sócio da G.A.S Consultoria e Tecnologia receba regalias dentro do presídio estadual.
O ex-garçom foi preso em agosto deste ano pela Polícia Federal. Ele é acusado de montar um esquema milionário, porém fraudulento, de pirâmide financeira. Ele e outras 16 pessoas foram denunciadas e viraram réus no caso. A venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, mulher de Glaidson Acácio, segue foragida.
Glaidson Acácio estava em Bangu 1 desde o dia 28 de setembro, quando a Seap, durante vistoria, encontrou carnes e celulares em uma cela ao lado da sua. A juíza Rosália Monteiro Figueira, da 3ª Vara Federal Criminal, entendeu que não havia relação comprovada entre o Faraó das bitcoins e a apreensão e, por isso, determinou seu retorno á antiga prisão. A Seap tem até 24 horas para cumprir a determinação.
Por meio de nota, a Seap informou que "irá aguardar o recebimento da decisão oficial sobre o interno Glaidson Acácio dos Santos para o devido cumprimento. Ressaltamos que, por determinação do secretário da pasta, Fernando Veloso, o interno ficará na unidade determinada pela Justiça Federal em uma cela afastado dos outros presos. Além disso, uma câmera irá monitorar o corredor que dá acesso a cela do mesmo".
Apesar da determinação da Justiça Federal, a Corregedoria da Seap vai continuar investigando as denúncias de regalias de Glaidson dentro da cadeia.
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