Estação de tratamento de água da Cedae do LaranjalDivulgação

Rio - A Cedae defendeu, nesta segunda-feira, no primeiro dia de debates do evento “Cidades Inteligentes conectadas com o saneamento e o meio ambiente: desafios dos novos tempos”, em Curitiba, o reuso industrial de efluentes na Região Metropolitana do Rio. De acordo com o engenheiro civil e sanitarista da Companhia, André Alcantara, que participa do 31º Congresso promovido pela Associação Brasileira de Engenheiros Sanitaristas (Abes), as possibilidades da estratégia são enormes.
Alcantara apresentou o estudo “Avaliação do potencial de reuso industrial de efluentes na Região Metropolitana do Rio de Janeiro” que mostra a experiência da empresa desde 2012 em Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs).
Segundo o engenheiro, a água de reuso pode ser utilizada para diversas finalidades. Entre elas, a geração de energia, refrigeração de equipamentos, aproveitamento nos processos industriais e limpeza de ruas e praças com grande ganho de eficiência.
Para Alcantara, a água residual dos processos de tratamento de esgoto e seu aproveitamento têm grande importância para a economia de água potável, evitando o aumento do consumo principalmente durante os períodos de escassez.

"Neste segmento, podemos destacar como principal ação da Cedae o fornecimento de água de reuso obtida de efluentes tratados nas ETEs durante a crise hídrica de 2014/2015. A Companhia fez o abastecimento das obras do Porto Maravilha e possibilitou a utilização desta água para uso de fins não potáveis, incentivando a gestão mais eficiente", relembrou o engenheiro.

De acordo com a Cedae, na ETE Penha, desde 2005, em parceria com a Prefeitura do Rio, a companhia fornece 6 mil metros cúbicos por mês à Comlurb para lavagem de rua e rega de jardins, com utilização em limpeza urbana e paisagismo. A ação representa uma economia equivalente ao consumo de uma população de 1.818 habitantes. A estimativa considera cálculo da Organização das Nações Unidas, que estima consumo de 110 litros por habitante/dia.