Alunos da rede pública ganharão R$ 20 para comprar livros na Bienal
Prefeitura levará mais de 40 mil estudantes das escolas municipais para o evento que acontece em dezembro. Professores e servidores da educação também terão voucher
A XX Bienal Internacional do Livro acontece entre os dias 3 e 12 de dezembro - Nayra Halm/Parceiro/Agência O Dia
A XX Bienal Internacional do Livro acontece entre os dias 3 e 12 de dezembroNayra Halm/Parceiro/Agência O Dia
Rio - As páginas dos livros estarão abertas para os alunos da rede municipal de ensino na edição de 2021 da Bienal Internacional do Livro, no Pavilhão 1, do Rio Centro, na Barra da Tijuca. A Secretaria Municipal de Educação confirmou, nesta quinta-feira, que 40.700 alunos terão entrada gratuita garantida no evento e que todos receberão um voucher de R$ 20 reais par aquisição das publicações na tradicional feira literária. A edição deste ano está marcada para acontecer entre os dias 3 e 12 de dezembro.
De acordo com o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, esta representa a maior parceria na história entre a Prefeitura e a Bienal. "Isso pra gente é muito simbólico. Nossos alunos, nossos profissionais e nossas escolas precisam ter todo o nosso amparo", destacou o líder da pasta, durante coletiva de imprensa sobre o evento, no Hotel Fairmont, em Copacabana, na Zona Sul.
Os professores e servidores da educação também terão ajuda de custo para adquirir livros na feira. O valor anunciado pela SME foi de R$ 200 por profissional. As escolas também serão beneficiadas na feira, com uma ajuda que varia de R$ 1.000 a R$ 1.600 na aquisição de material educativos na feira. Ao todo, mais de R$ 12 milhões estão sendo destinados à ação da SME.
Segundo Ferreirinha, diferente da edição passada, ainda durante o mandato do ex-prefeito Marcelo Crivella, quando ocorreram censuras a títulos LGBTQIA+, nesta edição a ideia é promover a liberdade.
"A gente precisa entender que o tempo de trevas ficou pra trás. E fiquem tranquilos, que essa Bienal será 100% ‘descrivellizada’", brincou o secretário. "A gente vai ter a Bienal representando cultura, diversidade e educação, porque isso é a cara do Rio de Janeiro", concluiu Ferreirinha.
Ferreirinha conclui destacando a importância para o Rio da volta de eventos como a Bienal. "A Bienal é o quarto maior evento da cidade do Rio de Janeiro. Só perde pro Ano Novo, Carnaval e Rock in Rio. Pra gente, da Educação, é o mais importante de todos, disparado. Um espaço, não só de sonhar, mas de realizações”, declarou.
20ª Edição da Bienal do Rio
Este ano, o evento terá uma programação especialmente desenhada por um coletivo curador. A partir de diferentes perspectivas, o time de especialistas convidará o público ao debate em torno do mote: "que histórias queremos contar a partir de agora?". A venda de ingressos já está aberta e será feita exclusivamente através do site do evento.
Em formato híbrido, com capacidade de público reduzida para evitar aglomeração, o encontro traz importantes temas do cenário cultural contemporâneo, como papos sobre juventude e fé, poesia, desenvolvimento sustentável, política e democracia, feminismo, jornalismo investigativo, adaptações audiovisuais, cultura geek e pop, LGBTQIAP+, saúde mental, ancestralidade e tendências do mercado literário, além da conexão de música, streaming e cinema com a literatura. Entre os autores internacionais estão o português Valter Hugo Mãe, os norte-americanos Matt Ruff, Julia Quinn, Beverly Jenkins e Josh Malerman, a argentina Mariana Enriquez e o japonês Junji Ito, um dos mais conceituados em mangá.
Para o acesso à Bienal, será necessária a apresentação do comprovante de vacinação para os maiores de 12 anos e o uso de máscaras também será obrigatório. Haverão também espaços como o Plural e o Metamorfoses.
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