Kaynnan Miguel Paiva, de 3 anos, morto após incêndio em uma casa no Complexo do ChapadãoRedes sociais

Rio - O pequeno Kaynnan Miguel Paiva, de três anos, será enterrado nesta quarta-feira (10) na Zona Norte do Rio. O menino morreu na noite da última segunda, após a casa em que vivia com a família pegar fogo na comunidade Final Feliz, no Complexo do Chapadão, em Anchieta. A Polícia Civil investiga o caso. 
Familiares disseram que o sepultamento está previsto para acontecer às 15h, no Cemitério de Inhaúma. O corpo deve ser retirado do Instituto Médico Legal do Rio no início da tarde e vai seguir direto para o cemitério. 
A polícia deve ouvir, no decorrer da semana, as testemunhas do caso. O que se sabe até agora é que a criança ficou em casa para a mãe ir à uma igreja evangélica na comunidade. Para a polícia, ela afirmou, em depoimento, que o filho estava sendo cuidado pelo vizinho.
A mãe, que não teve o nome divulgado, afirmou à polícia que o homem explicou que o filho dela teria ido ao andar de cima da casa para pegar biscoitos. Após o episódio, o menino teria ficado preso no cômodo e a casa pegou fogo.  
Abalado com a morte do filho, Danilo Jesus Alves de Oliveira acusou o homem que tomava conta de Cainan pelo crime. Ele afirma que o homem ainda não foi ouvido pela polícia. 
"A gente só quer justiça. (...) Se for para botar a perícia lá no morro, vai ver que meu filho foi assassinado na mão desse cara. (...) Só o que eu quero é justiça. Estão jogando a culpa para cima da mãe do meu filho, então, eu só quero que esclareça tudo certinho", desabafou, enquanto estava no IML para liberar o corpo do filho. 
Nas redes sociais, uma pessoa que se identifica como prima do pequeno Kaynnan apresenta uma versão do caso. Ela alega que o vizinho contou três histórias diferentes para justificar a morte do menino. Nenhuma delas foi confirmada pela polícia. 
O Corpo de Bombeiros diz que o quartel da região foi acionado no fim da noite para uma ocorrência de incêndio no Chapadão. O local era de difícil acesso, mas os agentes conseguiram chegar no ponto indicado. As chamas foram controladas com a ajuda de moradores. O corpo do menino estava atrás de um colchão de espuma. 
Procurada, a Polícia Civil não deu detalhes do caso até a publicação da matéria. A mãe de Kaynnan Miguel deve prestar um novo depoimento.