Gilberto GilLeonardo Zulluh Fotografia/Divulgação

Rio - O cantor e compositor Gilberto Gil, de 79 anos, foi eleito, na tarde desta quinta-feira, para ocupar a cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras (ABL). A eleição aconteceu por volta das 16h. Gil conseguiu o total de 21 votos. Como hoje a ABL tem 34 imortais aptos a votar, eram necessários 18 votos para vencer a disputa.
Gil, que é um dos maiores compositores do país, foi, ao lado de Caetano Veloso, um dos grandes expoentes da tropicália, e é considerado um dos nomes mais consagrados da música popular brasileira. Ele também foi embaixador da ONU para agricultura e alimentação, e ministro da Cultura do Brasil, entre 2003 e 2008, durante partes dos dois mandatos do ex-presidente Lula.
A música mais tocada de Gilberto Gil é o sucesso 'Vamos Fugir' (Give me your Love), lançada em 1984, seguida das canções 'Aquele Abraço', 'A Novidade', 'Palco' e 'Não Chore Mais'. De acordo com o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), Gil contabiliza 689 obras musicais registradas no banco de dados da entidade com 2.294 gravações.

Anteriormente, a cadeira era ocupada pelo acadêmico e jornalista Murilo Melo Filho, que morreu em março do ano passado. Outros dois candidatos concorreram à vaga: o poeta Salgado Maranhão, que teve sete votos e o crítico literário Ricardo Daunt, que não teve nenhum voto.
Em seu perfil oficial no Twitter, o baiano comentou sobre. "Muito feliz em ser eleito para a cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras. Obrigado a todos pela torcida e obrigado aos agora colegas de Academia pela escolha".
Fernanda Montenegro
No último dia 4, a atriz Fernanda Montenegro, de 92 anos, também foi eleita para a Academia Brasileira de Letras. Na ocasião, a carioca ganhou a disputa para ocupar a cadeira 17. A artista recebeu 32 votos dos imortais. Ela tomará posse logo depois que a Academia voltar do recesso de final de ano, em março de 2022.
Para assumir a cadeira 17 da ABL, Fernanda precisaria receber 17 votos. Nomes como Roquette Pinto, Álvaro Lins e Antônio Houaiss já ocuparam o assento dos imortais — como são chamados os membros da Academia. O fato de não haver nenhuma outra candidatura foi entendido como uma homenagem à carreira e à trajetória da atriz.