Depósito clandestino de bujões de gás foi localizado pela poliçadaDivulgação

Rio - A Força-Tarefa da Polícia Civil do Rio realiza nesta terça-feira (23) uma operação contra contra a milícia que atua na Zona Oeste do Rio e na Baixada Fluminense. O objetivo é sufocar as principais fontes de renda dos grupos paramilitares dos milicianos Danilo Dias, o Tandera, e Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. A operação se encerrou com 22 pessoas presas. 
Equipes da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) prenderam o miliciano Sérgio Lucindo da Silva Júnior, conhecido como PQD ou Pitoco. Ele é apontado como líder das comunidades da Malvina, Cabeça de Porco e Invasão, ambas na Taquara em Jacarepaguá. O criminoso, segundo a Draco, é subordinado a Nem e Damião da Malvina presos em Bangu 09 e aliados da Tropa do Zinho. 
Uma equipe da Polinter prendeu um ex-policial militar em Inhoaiba, Campo Grande, com mandado de prisão por extorsão (cobrança de taxas de segurança) para a milícia.
"Mais de 950 milicianos foram presos pela pela Polícia Civil desde outubro do ano passado, quando a força-tarefa foi criada. Atuamos em duas vertentes: as prisões e também uma asfixia financeira que já tirou mais de R$ 2 bilhões dos marginais", explicou o delegado Felipe Curi, diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada, em entrevista à TV Globo.
Entre os crimes investigados estão exploração de atividades ilegais controladas pela milícia; cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia; instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet (gatonet/gatointernet); armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água; empresas de GNV ilegais; parcelamento irregular de solo urbano; exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais; comercialização de produtos falsificados; contrabando; descaminho; transporte alternativo irregular; estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro, entre outras ilegalidades.

A ação é oriunda de investigações e trabalho de inteligência das unidades do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) - Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD); Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM); Delegacia do Consumidor (Decon); Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA); Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) e Divisão de Capturas da Polícia Interestadual (DC-Polinter), DESARME, DRFC, DRF, DELFAZ, DRE e da DRACO, com apoio de informações do Disque-Denúncia.