Rio - Bombeiros realizam buscas para encontrar tripulantes de um avião bimotor que caiu no mar de Ubatuba, no litoral de São Paulo. A informação inicial era de que a queda havia acontecido na região entre Paraty, na Costa Verde do Rio, e o estado paulista. A aeronave vinha de Campinas, em São Paulo, para o aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Os Bombeiros de São Paulo afirmaram que foram acionados 1h20 da madrugada pela corporação do Rio.
A mãe do copiloto José Porfírio de Brito Júnior, de 20 anos, acompanhava o voo, perdeu o contato e acionou as autoridades. Segundo Ana Regina, o voo saiu às 20h30 do Aeroporto dos Amarais, em Campinas, e pousaria no Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. A torre do Rio de Janeiro perdeu o contato com a aeronave às 21h40. Ela alugou um barco na manhã desta quinta-feira para se dirigir à última coordenada captada da aeronave.
Havia três tripulantes no bimotor: comandante, copiloto e passageiro. Os demais não tiveram a identidade revelada.
O Corpo de Bombeiros de São Paulo, no entanto, informou por meio de sua conta no Twitter no fim da manhã desta quinta-feira que, juntamente com a Marinha Brasileira, não localizou nenhum tipo de indício, destroços ou vítimas. Pescadores relataram que visualizaram uma aeronave em baixa altitude durante a noite de ontem em direção a Serra Negra, no acesso à Paraty, onde estão sendo concentrados todos os esforços.
Os bombeiros do Rio disponibilizaram equipes para dar apoio nas buscas em alto-mar entre Trindade e Ubatuba e acionaram os bombeiros de São Paulo. A ação de resgate às vítimas está sendo realizada pelo Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (Salvaero).
O Corpo de Bombeiros de São Paulo enviou uma uma embarcação e quatro homens do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), para as buscas na região. "Recebemos um chamado via Corpo de Bombeiros (RJ) e posteriormente parentes do piloto entraram em contato, informando problemas em uma aeronave que posou possivelmente nas águas de Ubatuba (entre Ubatuba e Paraty)", diz a nota.
A FAB informou que o Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico de Curitiba (ARCC-CW), unidade da Força Aérea Brasileira responsável por coordenar as operações de buscas aéreas na região, foi notificado na noite desta quarta-feira (24) sobre o desaparecimento da aeronave de prefixo PP-WRS no litoral do estado do Rio de Janeiro.
Conforme estabelecido nas normas internacionais de busca e salvamento, às 4h15 de quinta-feira (25) um helicóptero H-36 Caracal do 3°/8° GAV iniciou as buscas na área delimitada, utilizando óculos de visão noturna. Às 6h35 a Força Aérea Brasileira localizou destroços com probabilidade de serem da aeronave desaparecida. A localização foi repassada aos órgãos de busca marítima e os voos continuam.
O Corpo de Bombeiros de São Paulo divulgou a última referência de localização da aeronave, onde o Corpo de Bombeiros do Rio fez contato com o Corpo de Bombeiros de SP. As coordenadas são as seguintes: 23°24'48.0"S 44°47'59.0"W.
Aeronave regularizada
O avião bimotor estava regular conforme a Agência Nacional de Aviação Civil. A aeronave, modelo PA-34-220T, pertencia ao copiloto José Porfírio de Brito Júnior. O avião tinha autorização para voos noturnos, mas não poderia fazer táxi aéreo.
Mãe e namorada fazem apelo nas redes
A mãe e a namorada do copiloto José Porfírio de Brito Júnior, de 20 anos, usaram as redes sociais para fazer pressão pelo esforço de socorro aos tripulantes. As postagens chamam a atenção da imprensa e criticam a lentidão das autoridades na tomada de providências.
Inicialmente, a namorada de José Porfírio afirmou que a aeronave, de prefixo PP-WRS, precisou realizar um pouso de emergência sobre a água na região entre Paraty, no Rio. Também estavam no avião o piloto e o passageiro, que não tiveram a identidade revelada.
Namorada do copiloto, Thalya Viana afirma em publicação que estava sem notícias desde as 21h de quarta-feira. Ela divulgou as últimas coordenadas captadas do voo.
A mãe da vítima, Ana Regina, também cobrou agilidade nas buscas. "Gente, repostem, pelo amor de Deus. Cadê o salvamento aéreo? Que descaso, pelo amor de Deus. Quero o meu filho com vida. Não aguento mais ouvir que está fora de jurisdição. São vidas. Falta amor", escreveu em uma rede social.
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