ISP apontou nova queda em indicadores da violência no RioFoto: reprodução internet

Rio - Os cariocas e fluminenses já poderão receber a primeira mensagem de alerta para ajudar a localizar crianças desaparecidas na próxima semana. O Alerta Pri – como ficou conhecida a Lei 9.182/21, de autoria do deputado estadual Alexandre Knoploch – entra na fase de testes nesta sexta-feira (26). O Rio de Janeiro é o primeiro estado do Brasil a contar com esse tipo de alerta.
O sistema é inspirado no Alerta Amber, que existe nos Estados Unidos desde 1996 e em mais de 130 países. O mecanismo vai disparar um SMS para os milhões de usuários de celular no estado, a partir do alerta emitido pela Polícia Civil. Ao clicar no link, o usuário visualiza informações sobre a criança sumida, como foto, nome, idade e último local em que foi vista.
Segundo Alexandre Knoploch (PSL), a expectativa é que os celulares possam começar a apitar no próximo dia 4 de dezembro. A informação foi revelada em detalhes durante a 11ª audiência pública da CPI das Crianças Desaparecidas da Alerj. O deputado Alexandre Knoploch é o presidente da CPI.
“A previsão é de seis dias úteis de testes. Os testes começam nesta sexta-feira (26/11) e envolvem as operadoras de telefonia e a Polícia Civil. Então, a partir do dia 3 de dezembro, o sistema já permite o envio das mensagens sobre crianças desaparecidas", revelou Ildeu Borges, gerente de regulação da Conexis (sindicato das empresas de telefonia).
O autor da lei, Alexandre Knoploch, parabenizou todos os envolvidos na execução do projeto.
“Não devemos achar que esse tipo de alerta só pode acontecer em países desenvolvidos. O Brasil é uma potência; o Rio de Janeiro é uma potência. E vamos deixar esse legado para a sociedade, inclusive para as mães de desaparecidos saberem que existe uma ferramenta rápida e eficiente que vai ajudar a encontrar as suas crianças. Quero agradecer a todos que se esforçaram pela execução do Alerta Pri”, ressalta Alexandre Knoploch.
As informações serão enviadas pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPPA) para uma central das operadoras de telefonia. Essa central, então, realizará o disparo em massa via SMS para os usuários.
O diretor do Departamento-Geral de Tecnologia da Informação da Polícia Civil do RJ, Eduardo Freitas, revelou os esforços do órgão para viabilizar o alerta.
“Isso só pôde chegar ao fim como está chegando porque todos os envolvidos nesse projeto acreditam que é uma coisa importante. Nos últimos dias, trabalhamos mais intensamente, inclusive sábado e domingo. O objetivo era entregar isso (o Alerta Pri) para a sociedade. O secretário (de Polícia Civil) Allan Turnowski foi muito sensível a essa lei e nos disse para enveredar todos os nossos esforços para a execução do projeto”, resumiu Freitas, que também é responsável pela recém-criada delegacia virtual do estado.
Foram disponibilizados 15 técnicos analistas somente para viabilizar o Alerta Pri, segundo Freitas.
“Espero que a gente demore muito a disparar a primeira mensagem (do Alerta Pri). Mas, se for necessário, que seja feito da maneira como planejamos”, conclui o delegado Eduardo Freitas.