Adayldo de Freitas Ferreira tinha vida de luxo no Acre e no Rio. Na foto, ele posa com uma motoaquática e um carro importadoDIVULGAÇÃO/PF

Rio - Policiais federais que estiveram no Complexo da Maré nesta quarta-feira (1º) para localizar Adayldo de Freitas Ferreira, chefe de um grupo criminoso no Acre e considerado o mais procurado do estado, descobriram que o homem vivia em um imóvel de luxo dentro da comunidade da Zona Norte do Rio, com direito a piscina e banheira de hidromassagem. Ele também vivia com a proteção de traficantes cariocas.
Uma mulher, alvo da operação, foi presa preventivamente pelos agentes federais, e outros dois homens foram presos em flagrante. Agentes apreenderam um fuzil com carregadores, uma pistola, munição e drogas. No Acre, a ação contou com outros quatro detidos e mais apreensões, entre elas a de um carro de luxo.
A Polícia Civil do Rio, através da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), apoiou a ação da PF do Acre e contou com a ajuda do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) para entrar na comunidade. Houve tiroteio dentro da comunidade Vila dos Pinheiros, e a Linha Amarela chegou a ser fechada pela manhã.
Segundo as investigações, Adayldo de Freitas, alvo principal da ação da PF, lidera um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. O grupo atua em quatro estados (Acre, Amazonas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte) e utiliza empresas 'laranjas', como uma que comercializa extintores de incêndio, para ocultar os lucros com o crime.
"São sete empresas de venda de extintores, duas delas fictícias, só existem no papel, cinco existem mas nossa investigação revelou que não funcionam como empresa regular, só funcionam como empresa de fachada. Elas atuavam basicamente para lavagem de dinheiro proveniente do tráfico interestadual de drogas, praticado por esse núcleo de traficantes", afirmou o chefe da força-tarefa de Segurança Pública do Acre, Otávio Fonseca.
Foragido desde 2017, quando fugiu de um hospital em Rio Branco (AC) através de um buraco no forro do banheiro, o homem ostentava uma vida de luxo com a família no Complexo da Maré. Considerado o criminoso mais procurado do estado do Acre, ele construiu dentro da comunidade um imóvel com piscina e banheira de hidromassagem, e circulava com a proteção de traficantes locais.