Assembleia Legislativa do Rio (Alerj)Divulgação Alerj
Alerj aprova projeto que cria o prêmio Marielle Franco
Projeto tem o objetivo de premiar personalidades que tenham desenvolvido ou estejam implementando ações de promoção, valorização ou defesa dos direitos humanos no Estado do Rio
Rio - A Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) aprovou, nesta quarta-feira, em discussão única, o projeto que cria o Prêmio Marielle Franco, a ser concedido para personalidades que tenham desenvolvido ou estejam implementando ações de promoção, valorização ou defesa dos direitos humanos no Estado do Rio, com destaque para os direitos da população negra, das mulheres e da população LGBT. A medida será promulgada pelo presidente da Alerj, deputado André Ceciliano, e publicada no Diário Oficial do Legislativo nos próximos dias.
De autoria da deputada Zeidan (PT) e do ex-deputado estadual Marcelo Freixo, o projeto prevê que a data para a premiação deverá ser no mês de dezembro, por ser o mês em que é celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos. "Nada mais justo do que reconhecer a atuação de Marielle Franco e de todos os defensores e defensoras de direitos humanos que atuam no nosso estado instituindo um prêmio que possa valorizar as práticas e estudos sobre este tema", afirmou a deputada.
Memória
Na noite do dia 14 de março de 2016, no bairro do Estácio, na região central da capital, o carro em que a vereadora estava foi atingido por nove dos 13 tiros disparados. Marielle e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, morreram vítimas desses disparos. Apesar de alguns avanços na investigação sobre o crime, as autoridades ainda não descobriram os autores e nem o motivo. A morte de Marielle Franco repercutiu no mundo, com manifestações da população por vários dias nas ruas e muitas notícias divulgadas sobre o assassinato da vereadora no exercício de seu mandato.
Eleita vereadora com mais de 46 mil votos em 2016, socióloga e mestre em Administração Pública, Marielle Franco tinha 38 anos, era oriunda da favela da Maré, na Zona Norte, lésbica, mãe e ativista em prol das causas das mulheres e das populações negra, periférica e LBGT. Antes do cargo político, atuou na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Alerj.
Assinam como coautores os deputados André Ceciliano (PT), Eliomar Coelho (Psol), Waldeck Carneiro (PT), Enfermeira Rejane (PCdoB), Flavio Serafini (PSol), Luiz Paulo (Cidadania) e Carlos Minc (PSB).
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