A esteticista Ana Regina Agostinho, de 43, afirmou que foi informada pela Marinha que o material era do copiloto. "Hoje recebi uma ligação da assessoria de imprensa da Marinha para informar sobre a mochila do meu filho", disse. A mãe do copiloto disse que a força militar ficou de passar dois boletins diários à família, que vinha protestando contra a falta de transparência da instituição nas buscas.
Parentes ficaram sabendo que a mochila havia sido encontrada por meio da imprensa.
A Secretaria de Segurança de São Paulo informou que os itens seguem apreendidos à disposição de familiares dos envolvidos para retirada.
Em nota divulgada na quarta-feira, A Marinha afirma que ao encontrar a mochila, intensificou a varredura, com propósito de procurar novas evidências que pudessem levar aos tripulantes desaparecidos. Na segunda-feira (29), o NPa “Guajará” demandou para São Sebastião (SP), a fim de realizar a entrega dos pertences para investigação, por parte do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
"Cabe ressaltar que procedimentos inerentes à investigação de acidentes aeronáuticos prescrevem que todo material encontrado pelos meios, instituições e colaboradores envolvidos nas buscas, devem ser inventariados e periciados, até sua liberação, pelo órgão responsável pela investigação. Na terça-feira (30), a mochila com os pertences foi enviada para a Delegacia da Polícia Civil de São Sebastião (SP), para que fique à disposição dos familiares", diz o texto.
Segundo o portal de notícias G1, um piloto da companhia aérea Gol teria orientado o comandante do bimotor, Gustavo Calçado Carneiro, de 27 anos, sobre como proceder durante a queda. Procurada, a companhia disse que não comentaria porque o acidente está sendo investigado pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
Questionada sobre os áudios da Gol, a Força Aérea afirmou apenas que investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), localizado em São Paulo (SP), estão acompanhando as buscas e quaisquer dados e indícios relacionados à ocorrência serão considerados na investigação.
Familiares dos tripulantes cobram maior empenho e agilidade das autoridades nas buscas e relatam a falta de transparência da Marinha na condução do salvamento. "Eu queria muito que a gente conseguisse o navio sonar. A região do acidente tem uma profundidade gigantescas. Os Bombeiros estão tentando. O que nós conseguimos não foi suficiente", apela a namorada de uma das vítimas.
O avião bimotor desapareceu por volta das 21h de quarta-feira (24). A aeronave decolou às 20h30 do Aeroporto dos Amarais, em Campinas, e tinha como destino o aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A torre do Rio de Janeiro perdeu o contato com a aeronave às 21h40.
O Corpo de Bombeiros Rio informa que militares seguem mobilizados com mergulhadores e contam com auxílio de aeronaves, embarcações e moto aquáticas que fazem varredura costeira na região entre a divisa do Estado de São Paulo e Rio de Janeiro.
De acordo com o coronel Leandro Monteiro, comandante-geral do CBMERJ e secretário Estadual de Defesa Civil, as buscas não param e incluem operações aéreas, marítimas e terrestres, estas inclusive durante a noite. Monteiro afirmou que todos o Corpo de Bombeiros vai permanecer nas buscas durante 15 dias.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que continua na operação de busca e salvamento da ocorrência envolvendo a aeronave de prefixo PP-WRS, com a participação de uma aeronave C-130 Hércules, que decolou às 5h da manhã para as buscas. Um helicóptero H-36 Caracal permanece à disposição, podendo ser acionado em caso de necessidade. Até o momento, uma área de mais de 5700 km² do litoral foi coberta pela busca aérea.
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