Ministério Público de Santa Catarina apresenta denúncia contra irmão de blogueira por estelionato
Yasmin Navarro e outras quatro influencers foram presas no dia 7 de julho
As cinco acusadas foram grampeadas em apê no Recreio, de onde ligavam para as vítimas, que forneciam seus dados bancários com a lábia delas - polícia civil / reprodução
As cinco acusadas foram grampeadas em apê no Recreio, de onde ligavam para as vítimas, que forneciam seus dados bancários com a lábia delas polícia civil / reprodução
Rio - O Ministério Público de Santa Catarina apresentou uma denúncia contra Alexandre Navarro, irmão de Yasmin Navarro Junior, de 25 anos. Ele é acusado de aplicar o "golpe do motoboy" e ser líder da uma organização criminosa conhecida como "Família Errejota". A irmã, Yasmin, foi presa este ano acusada de estelionato. A informação foi confirmada pela portal G1.
Alexandre, ou "Juninho", atuava em conjunto com a noiva, a blogueira Rayane Figliuzzi, de 29 anos, e outras 14 pessoas, incluindo Yasmin. Em dezembro de 2020, um dos integrantes da quadrilha foi capturado. A partir daí, a 5ª Delegacia de Polícia da Capital, em Florianópolis, conseguiu encontrar Juninho. Durante as investigações os policiais chegaram à irmã de Navarro.
Yasmin e as blogueiras Ana Carolina de Sousa Santos, de 32 anos, Mariana Serrano de Oliveira, de 27, Gabriela Silva Vieira, de 20 e Rayane Silva Sousa, de 28 anos, foram presas em flagrante no dia 7 de julho.
O grupo foi capturado em um apartamento no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. No local, a polícia afirma que elas mantinham um 'central de telemarketing' montada para aplicar golpes em idosos, que eram convencidos a entregarem dados em cartões de crédito diante da falsa informação de que haviam sido clonados.
Todas as integrantes do bando tiveram a prisão preventiva decretada. Segundo as investigações, o bando utiliza softwares que sequestram as ligações das vítimas que tentam entrar em contato com as centrais de cartões de créditos dos bancos para os telefones das acusadas e copiam os números digitados pelas vítimas.
Com todos os dados e o cartão das vítimas em mãos, elas faziam compras, saques em contas bancárias e até empréstimos. Na ação, laptops, celulares, anotações e máquinas de cartão de crédito para a análise da investigação.
Segundo a polícia, a quadrilha é formada por quatro estratos:
- Os líderes da organização criminosa, detentores de todo o 'know how', softwares e responsáveis pela organização e montagem dos "escritórios/centrais de telemarketing. - Componentes do escritório de telemarketing, que executavam a tarefa de contatar vítimas, convencê-las a entregar os dados bancários, cartões e senhas. - Motoboys, responsáveis por irem até o endereço das vítimas para recolher os cartões bancários e entregá-lo aos componentes dos escritórios. - Laranjas, pessoas que cedem suas contas bancárias para movimentação dos valores arrecadados com as fraudes, bem como cedem seus nomes para contratação de máquinas de cartão.
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