Sala de troféus da PortelaDivulgação

Rio - "A dor da perda é compensada quando a vida da pessoa foi tão bonita", afirmou, emocionado, Luis Carlos Magalhães, presidente da Portela. A frase, dita neste domingo, faz referência ao mestre Monarco, baluarte e presidente de honra da escola, que faleceu no sábado, dia 11, aos 88 anos de idade. Como homenagem a um dos seus integrantes mais antigos, a agremiação inaugurou uma sala de troféus na sexta-feira, que leva o nome do baluarte. 
Luis Carlos Magalhães afirmou que a partida do mestre abala toda a escola, em especial, os integrantes mais antigos da Portela. "O Monarco é insubstituível. A velha guarda vai ficar fragilizada com a perda. Ele era uma figura de carisma, que transmitia muita paz, alegria", afirmou o presidente da azul e branco. "O Monarco assumiu duas missões para si, a de dar cortesia, feita com seu amor pela escola, e a de contar as histórias da Portela, seus baluartes, sambas-enredo, desfiles", relembrou.
Monarco estava internado desde novembro no Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, onde passou por uma cirurgia no intestino, mas, infelizmente, não resistiu às complicações. Na sexta-feira, dia 10, o sambista foi homenageado durante a inauguração da Sala de Troféus da Portela. "Monarco teve uma vida que valeu a pena, marcada por glórias. Ele foi muito querido, a gente só pode se conformar com a sua partida", completou o presidente da agremiação. 
O velório foi realizado neste domingo, de 11h às 14h, na quadra da Portela, em Oswaldo Cruz, Zona Norte, totalmente aberto ao público. O enterro será no Cemitério de Inhaúma, às 16h.
Hildemar Diniz, o Monarco, nasceu em Cavalcante, na Zona Norte, em 1933. Aos 10 anos de idade,mudou-se para Oswaldo Cruz, onde conheceu Paulo Portela, fundador da agremiação e um grande amigo. Ele era um dos integrantes mais antigos da escola, compositor e liderança da velha-guarda.Na década de 1950, ingressou na Ala de Compositores da escola e, em 1970, gravou o álbum "Portela, passado de glória", obra que contou com a produção de Paulinho da Viola.
* Estagiária sob supervisão de Beatriz Perez