Corpo de mestre Monarco foi sepultado no Cemitério de InhaúmaDivulgação

Rio - O corpo do presidente de honra da Portela, mestre Monarco, foi sepultado neste domingo no cemitério do Inhaúma, na Zona Norte do Rio. O caixão foi levado por um caminhão do Corpo de Bombeiros, como parte das homenagens ao baluarte. Hildemar Diniz morreu neste sábado, depois de mais de um mês internado no Hospital Cardoso Fontes. Ele iria passar por uma cirurgia no intestino, mas não resistiu às complicações.
 O velório começou às 11h, na quadra da Portela, em Oswaldo Cruz, e centenas de pessoas se despediram do sambista ao som de sucessos do compositor, como 'Vai vadiar", "O Quitandeiro" e "Portela Querida". Dezenas de coroas de flores foram colocadas na quadra, além das bandeiras da Império Serrano, Unidos de Jacarepaguá, Mangueira e Viradouro.
Eduardo Paes esteve no velório e emocionado, lamentou a perda do compositor. Paes é portelense declarado e já desfilou na bateria da agremiação em 2013. "Eu perdi um grande amigo, um conselheiro. Perdemos um grande patrono do samba, a mais brasileira de todas as músicas. Monarco era uma figura importante para a Portela, vai deixar muita saudade", disse.
Monarco foi criado no bairro de Oswaldo Cruz, onde desde muito pequeno frequentava as rodas de samba da Portela. O apelido Monarco chegou aos seis anos de idade. Aos 17 anos, Monarco ingressou na ala de compositores da azul e branca de Oswaldo Cruz e Madureira. Seu padrinho e incentivador foi Alcides Malandro Histórico, um dos maiores poetas da história da Portela.
O baluarte portelense ingressou em meados dos anos 40 no Bloco Primavera e também chegou a atuar como diretor de harmonia da Portela. Monarco nunca teve um samba-enredo de sua autoria levado pela escola na avenida em um carnaval.