Segundo a polícia, Filipe José Aleixo Guimarães dava suporte aos comparsas da organização criminosa Marcos Porto
Polícia Civil faz operação para capturar envolvidos na morte de trader de criptomoedas na Região dos Lagos
Agentes da 125ª DP descobriram que Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, encomendava as mortes de seus concorrentes. Um suspeito foi preso na Zona Oeste do Rio
Rio - Policiais da 125ª DP (São Pedro da Aldeia) realizaram, na manhã deste sábado, a Operação Sarcófago, para capturar os integrantes da organização criminosa que encomendaram e executaram a morte do trader de criptomoedas Wesley Pessano, em julho, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos. Um dos alvos, identificado como Filipe José Aleixo Guimarães, foi preso em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.
As investigações indicaram que o mandante do crime foi Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, preso pela Polícia Federal (PF) na Operação Kryptos, por crimes envolvendo fraudes financeiras e pirâmide.
Segundo a Polícia Civil, o investidor encomendou a morte de Passano por interesses econômicos. Os agentes concluíram que o Faraó queria eliminar seus concorrentes no mercado de captação de clientes para investimentos em criptoativos. Além do crime cometido em São Pedro da Aldeia, ele ainda teria sido o responsável pela tentativa de homicídio contra outro concorrente, Nilson Alves da Silva, em Cabo Frio.
Neste sábado, os agentes tinham o objetivo de cumprir mandados de prisão preventiva e busca e apreensão contra os irmãos Daniel Aleixo Guimarães, o Dani Boy, e seu irmão Filipe, que foi encontrado em uma casa em Jacarepaguá.
Os policiais da 125ª DP apuraram que Dani Boy, que ainda não foi capturado, era um dos homens de confiança do Faraó dos Bitcoins na organização criminosa montada para intimidar e matar a concorrência. Ele teria chegado a abrir uma empresa de fachada junto com Filipe. O empreendimento, batizado de G.A.I, teve um capital inicial de R$ 5 milhões e simulava a prestação de serviços de inteligência, segurança e transporte de valores, mas na verdade os serviços prestados por eles se tratavam de um grupo de extermínio.
Segundo a polícia, Filipe, que não tinha antecedentes criminais, dava suporte aos comparsas presos e foragidos. Os agentes acreditam que ele tenha entrado na organização criminosa por conta do irmão. Dani Boy já possuía passagens pela polícia e chegou a ser preso por homicídio contra o ex-prefeito da cidade Macuco, Rogério Bianchini, em 2015.
Outro alvo da operação era Ananias da Cruz Vieira, que já se encontra preso no Espírito Santo, desde outubro. Segundo a 125ª DP, a identificação do Faraó dos Bitcoins como mandante dos crimes foi feita por conta das investigações produzidas com a prisão de Ananias. Os agentes também cumpriram os mandados contra os dois na cadeia.
De acordo com a distrital, com os últimos indiciados, chegou a 12 o número de suspeitos de integrar integrar a empreitada criminosa que vitimou Wesley Pessano. Dez pessoas já estão presas. A polícia esclarece que as investigações se encerram de maneira exitosa com todos envolvidos identificados e denunciados, dos executores ao mandante, passando pelos que contribuíram para o cometimento do crime.
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