Isadora Calheiros foi morta com um tiro na cabeça por uma policial civil, segundo investigações Reprodução/Instagram

Rio - A defesa de Carla Patrícia Novaes da Silva Melo, inspetora da Polícia Civil que matou a secretária e universitária de Direito Isadora Calheiros Pedrosa, de 25 anos, irá recorrer da decisão do juiz do Tribunal do Júri da Comarca de Queimados que decretou a prisão da agente. No sábado, a justiça expediu o mandado de prisão preventiva por homicídio contra Carla, que já é considerada foragida.
O caso aconteceu na manhã do dia 26 de novembro, em frente a casa da suspeita, em Queimados, na Baixada Fluminense. Investigações apontaram que o crime foi cometido após uma série de discussões entre Isadora e Carla, motivadas pela descoberta de um relacionamento extraconjugal entre a vítima e o marido da policial.
"Com certeza irei recorrer, mediante toda força que possuo. Porque, além de profissional, sou ser humano e estou acompanhando o drama de uma mãe ao ter que abandonar seu filho de apenas 7 meses de idade", garantiu Igor de Carvalho, advogado da suspeita.
Momentos após o crime, Carla entregou sua pistola calibre 40, através de seu advogado, para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), responsável pelo caso. Três dias depois, a agente compareceu na especializada e, em depoimento, confessou ter atirado contra a cabeça de Isadora.
A defesa criticou a decisão pela prisão durante o período de recesso do judiciário. Carvalho alega ainda que Carla é lactante e que estava colaborando com as investigações.
"Uma estratégia vil do Ministério Público, ao aguardar o começo do recesso, período em que as atividades forenses se restringem, para tentar prendê-la. Forçar uma mãe, com um filho lactante de 7 meses, abandoná-lo. Uma pessoa que estava colaborando com as investigações. Os instrumentos jurídicos (para recurso) se restringem consideravelmente", disse o advogado.