A entrega da ceia acontecerá na quarta-feira, 22, às 13h.Divulgação
Movimento Unido dos Camelôs leva ceia de Natal às pessoas em situação de rua nos Arcos da Lapa
Ação é uma parceria com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e com a Cozinha Solidária, que atua na região desde 2011
Rio - O Movimento Unido dos Camelôs (Muca) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), por meio da Cozinha Solidária, vão distribuir Ceia de Natal para a população em situação de rua nos Arcos da Lapa. A ação acontecerá nesta quarta-feira, dia 22/12, às 13 horas, e prevê servir 200 refeições, cujo cardápio será salpicão, comidas típicas natalinas e pudim. As sobremesas serão doadas pelas cozinhas descentralizadas do movimento Revolução Solidária.
A Cozinha Solidária da Lapa surgiu em 2011 e oferece às pessoas em situação de rua 100 refeições, três vezes por semana, além de camelôs cadastrados e também a entregadores de aplicativo. A iniciativa busca combater a fome no Brasil, que só em 2021 atingiu mais de 19 milhões de pessoas.
Maria dos Camelôs, coordenadora do MUCA - e parceira do MTST nas ações realizadas ao longo dos anos - espera levar, através desta distribuição, um pouco de comida e afeto aos esquecidos. “A fome só cresce no Rio de Janeiro e no país. A crise sanitária que estamos vivendo na pandemia aumentou o desemprego, a informalidade, o número de pessoas em situação de insegurança alimentar e de extrema pobreza. Se pudéssemos entregar mais refeições ainda faltaria comida. A Cozinha Solidária da Lapa pretende levar um pouco do Natal para quem não tem nada”, afirma Maria.
Segundo Julia Nascimento, da Coordenação Estadual do MTST, existem hoje 24 Cozinhas Solidárias espalhadas pelo Brasil. Ela informa que já foram distribuídas 261 toneladas de alimentos nas periferias e favelas do país. “Na Cozinha Solidária da Lapa, em especial, boa parte da comida vem de agricultura familiar, de pequenos agricultores. Estamos distribuindo comida sem veneno para os sem teto e camelôs. Esperamos que essa iniciativa inspire outras ações e políticas públicas de combate à fome para que a gente não precise viver com esse problema nos próximos anos”, enfatiza Julia.
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