Posto de vacinação em Copacabana, na Zona Sul do RioMarcos Porto / Agência O Dia

Rio - No último dia do ano cariocas decidiram sair de casa para cumprir a meta mais esperada de 2021: tomar a vacina contra a covid-19. Em um dos três postos de vacinação montados na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio, uma fila se formou logo pela manhã. Letícia dos Santos, de 23 anos, mora em Bogotá, na Colômbia, há 15 anos e veio visitar a família. A jovem aproveitou a estadia no Rio, na casa da avó, para tomar a dose de reforço.
“Eu quero voltar para Bogotá no próximo ano já vacinada, já tranquila, poder subir no avião sem nenhum problema, sem estar estressada e porque eu queria aproveitar que aqui tem a facilidade de vacinar”, contou.
Letícia diz que não via os parentes que moram no Rio desde 2019, antes do início da pandemia. Segundo ela, foi um alívio poder reencontrar a família depois de um longo período de saudade e preocupação.
“É um alívio, um respiro porque teve um momento que ninguém sabia quando isso ia poder acontecer novamente. Era muito difícil a gente estar lá, eles aqui e não poder ajudar se tivesse algum problema [...] o ano passado deu para entender que tem que aproveitar os momentos em família e porque você nunca sabe quando vai ser a última vez que você vai ver alguém”, desabafou.
O engenheiro agrônomo Thiago Arraes também está no Rio de passagem e aproveitou para tomar a dose de reforço. Ele mora em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul e veio, de férias, visitar a mãe. Ele defende a importância da imunização para o crescimento da economia e a volta das pessoas às ruas.
“Além de diminuir a contaminação e as mortes consideravelmente vai melhorar com certeza a economia. O pessoal vai começar a ensaiar abrir o turismo, abrir as lojas, tentar voltar a viver normalmente como era antes dessa pandemia”, disse.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também esteve na Praia de Copacabana nesta sexta. Paes foi visitar a estrutura montada para o Réveillon 2022. Segundo ele, casos de covid-19 tem aumentado na cidade e já é esperado um novo pico da doença na capital, mas que graças ao alto índice de vacinação dos cariocas, a nova onda de contágio não deve vir acompanhada do crescimento de óbitos.
"A gente tem certeza de que vai ter um novo pico de casos, mas o que a gente espera, como tem sido verificado em todo mundo, que aquelas pessoas se vacinaram, como a quase totalidade dos cariocas[...] não vai ter os efeitos ruins e perversos que levam, inclusive, a óbito como a das outras ondas de covid que nós tivemos", disse Paes.