Números incluem médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, maqueiros e demais profissionais que atuam nas unidades de saúdeDivulgação/Phelipe Santos.

Rio - Cerca de 20% dos profissionais de saúde da cidade do Rio de Janeiro estiveram afastados por influenza ou covid-19, nos últimos 30 dias. De acordo com levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ao todo, 5.500 funcionários da rede municipal tiveram períodos de afastamento devido à infecção por um dos dois vírus. 
A lista de profissionais fora das unidades de saúde por contaminação inclui médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, terapeutas e outros profissionais, como maqueiros e pessoal da área administrativa. O período de afastamento foi cumprido por parte desse grupo, que já retornou ao trabalho normalmente.
O número de afastados impacta diretamente no serviço prestado pelas equipes de saúde pública da cidade, que vive atualmente uma alta nos casos da doença, impulsionada pelo surto de influenza e pela chegada da variante Ômicron, da covid-19. Segundo Painel Rio COVID-19, da Prefeitura do Rio, a média móvel registrada há duas semanas, no dia 23 de dezembro, trazia apenas 74 casos positivos de covid-19 por dia, enquanto nesta quarta-feira (5), esse número saltou para 1.286.
Nesta quarta-feira, em entrevista ao DIA, o infectologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebbabo, disse que já percebia a falta de profissionais de saúde por afastamento nas últimas semanas. 
"O mais grave é o impacto na ruptura de atendimento nos serviços de uma forma geral pelo número de pessoas licenciadas que teremos nas próximas semanas. Então esse que está sendo o maior impacto dessa onda na maior parte dos países: redução da oferta de serviços por falta de pessoal para trabalhar", pontuou o especialista.