Cidades do Sul Fluminense foram castigadas pela forte chuvaDivulgação
"Estamos em contato permanente com os municípios. Toda a estrutura do Estado está mobilizada para atuar em apoio às cidades afetadas. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros RJ trabalham incansavelmente para prevenir e minimizar danos causados pelas precipitações. O Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ) monitora as condições meteorológicas e os níveis pluviométricos, enviando alertas para as regiões e para a população", explicou Cláudio Castro.
De acordo com o Governo do Estado, nas últimas 24 horas, o Corpo de Bombeiros foi acionado para mais de 90 ocorrências relacionadas às chuvas no território fluminense, sendo a maioria para cortes de árvores e salvamentos, como de pessoas ilhadas. Até o momento, não há registro de vítimas fatais.
Na Região Norte/Noroeste do Estado, a Secretaria de Estado de Defesa Civil (SEDEC) registou somente na última hora o transbordo dos rios Muriaé, Carangola, Itabapoana e Pomba, causando alagamentos pontuais em Itaperuna, Natividade, Porciúncula, Bom Jesus do Itabapoana, Itaocara, Italva e Laje do Muriaé, Cambuci e Santo Antônio de Pádua.
Agentes estaduais estão visitando a região, neste domingo, para analisar a situação e a necessidade de apoio às prefeituras. Botes do Corpo de Bombeiros foram disponibilizados para transporte de pessoas afetadas pela chuva em Porciúncula.
Segundo o Cemaden, as chuvas devem continuar intensas no Rio e em demais estados do sudeste devido a atuação de uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). A condição de pancadas intensas e moderadas deve seguir nesta segunda-feira. "Há previsão de acumulados pluviométricos entre 150 mm e 200 mm nas próximas 48 horas para estas áreas", prevê em nota.
Em nota do Cemaden, o risco de deslizamentos na Região Serrana, em especial para o município de Petrópolis é muito alto. Na cidade, os índices pluviométricos ultrapassaram 103 mm em 24 horas e 300 mm em 96 horas. Também há aviso de risco alto para Teresópolis, que alcançou aproximadamente 150 mm de chuvas em 48 horas.
As cidades de Duque de Caxias, Magé, Guapimirim, Silva Jardim e Rio Bonito, Angra dos Reis e Cachoeiras de Macacu, também tem risco alto de deslizamento. Nas demais localidades, o risco é considerado moderado.
Segundo os órgãos de monitoramento, os acumulados pluviométricos registrados, nas últimas 48h, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, exigem atenção para as bacias hidrográficas dos rios Paraíba do Sul, Muriaé, Pomba e Itabapoana, que impactam diretamente a região Norte e Noroeste do estado do Rio de Janeiro.
"Podem ser registradas ocorrências de pontos de alagamentos, há alta possibilidade de enxurradas e de inundações, atingindo comunidades em áreas de risco hidrológico ou isolamento de bairros e comunidades em áreas mais baixas", pontuou a pasta em nota.
- Verificar se há atualizações de avisos ou recomendações vigentes de proteção e defesa civil para seu município com as autoridades locais;
- Em caso de emergência, entrar em contato com o Corpo de Bombeiros (193) ou com a Defesa Civil local (199).
Nas questões de riscos hidrológicos:
- Manter um membro da família vigilante ao nível de subida das águas, mesmo à noite;
- Se o nível da água subir e houver risco de alagar a residência, retirar aparelhos eletrônicos das tomadas, fechar o gás, registros de água e recolher animais;
- Procurar áreas seguras, mais altas e distantes do rio, mesmo que isso envolva abandonar a casa ou o carro;
- Em vias alagadas, não forçar o deslocamento a pé ou de carro. Esperar a água escoar para continuar seu deslocamento;
- Evitar cruzar pontes abaixo das quais o nível do rio esteja subindo.
- Evitar transitar em áreas alagadas, que podem esconder riscos como buracos, bueiros abertos, fiação elétrica exposta e animais peçonhentos.
Nas questões de riscos geológicos:
- Estar sempre vigilante a qualquer movimentação no terreno;
- Se observar aparecimento de fendas ou depressões, rachaduras nas paredes, inclinação de árvores/postes ou surgimento de minas d’água, avisar imediatamente à Defesa Civil e deixar o local;
- Caso a moradia esteja localizada em área de risco alto ou muito alto, buscar abrigo na casa de amigo ou parente que NÃO esteja localizada em área de risco ou no ponto de apoio mais próximo;
- Permanecer na casa de amigo e parente ou em um abrigo de apoio até a Defesa Civil Municipal autorizar o regresso à moradia.
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