Prefeitura reabre posto de vacinação na Cidade das Artes na Barra, nesta segunda feira (10). Na foto, prefeito Eduardo Paes recebe a vacina do secretário de Saúde Daniel SoranzMarcos Porto/Agencia O Dia

Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), recebeu nesta segunda-feira (10) a terceira dose da vacina contra a covid-19, aplicada pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. Paes se vacinou durante a manhã na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, e confirmou que os planos para os desfiles das escolas de samba estão mantidos, diferentemente do carnaval de rua, cancelado na semana passada por conta da explosão no número de casos de covid-19. Os desfiles na Sapucaí estão previstos para começar no dia 25 de fevereiro, Sexta-Feira de Carnaval.
"Não dá para ficar tratando do vírus com uma coisa que vai acontecer daqui a 50 dias", disse o prefeito. "Se hoje nós permitimos, em ambientes restritos, que as pessoas se reúnam, celebrem, com passaporte de vacinação, temos que pensar como ficará hoje, esta semana. Esse deve ser o foco. Não quero mais ficar debatendo um evento daqui a 50 dias, quando eu tenho que tratar desta semana. A gente entende, pelas regras atuais, que eventos em que podemos ter controle, passaporte vacinal e eventualmente testagem, não têm problema nenhum de acontecer", disse Paes.
Para o prefeito, há diferenças importantes entre o carnaval das escolas de samba e o carnaval de rua, oficialmente cancelado pela Prefeitura do Rio por conta do aumento exponencial no número de casos de covid-19 desde as festas de fim de ano. A taxa de positividade em testes de covid subiu de 5% para 43% em menos de duas semanas, e prefeitura e governo do estado precisaram abrir centros de testagem para a população. A abertura não oficial com o desfile de blocos pelas ruas estava prevista para acontecer ainda em janeiro.
"Carnaval é Carnaval. A não ser que a gente vista todo mundo de baiana para ficar três metros de distância um do outro", comparou o prefeito, sobre a tentativa de evitar aglomerações durante a folia. "Em se realizando carnaval, e tenho fé que poderemos realizar na Sapucaí - porque é um lugar onde a gente pode exigir restrições -, não imagino que veremos nada diferente do que as pessoas celebrando. Para o Carnaval da Sapucaí ainda faltam 50 dias. Não era o caso do carnaval de rua, que começaria agora final de janeiro, e por isso deveríamos tomar alguma posição. Esse é um ambiente que a gente não controla. Mas vamos preparando o evento, as escolas estão ensaiando, fazendo suas fantasias, alegorias".