Marcinho passa pelo carro no pátio da 42ª DP: ex-jogador do Botafogo alegou não ter prestado socorro por temer linchamentoEstefan Radovicz

Rio - Um novo laudo do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), apontou, nesta quinta-feira (13), que o jogador Márcio Almeida de Oliveira, o Marcinho, ex-Botafogo, tinha álcool circulando no corpo no momento em que matou o casal Maria Cristina José Soares e Alexandre Silva de Lima, na Avenida Lúcio Costa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, no dia 30 de dezembro de 2020. As informações são do jornal Extra.
No documento, assinado pelo assistente técnico Marcio Borges Coelho, diz que o atleta estava em “velocidade incompatível com a segurança do local” e que apresentava “álcool circulando no corpo” no momento do acidente.
Em outro lado, obtido pela Polícia Civil, aponta que o veículo dirigido pelo jogador estava entre 86km/h e 110km/h quando atingiu as vítimas. Vale lembrar que a velocidade máxima permitida na Avenida Lúcio Costa, local do acidente, é de 70km/h. 
"Utilizando o Modelo de Happer, com base na distância de projeção do pedestre, a velocidade do veículo objeto do exame, varia entre 86 Km/h e 110 Km/h", diz um trecho do documento.
TESTEMUNHOS CONTRADITÓRIOS
Em depoimento prestado à polícia, dias antes depois do crime, Marcinho afirmou que "repentinamente, um casal saiu entre os veículos estacionados". E que uma mulher "puxava o homem" em direção à areia da praia. O atleta afirmou ainda que dirigia a 60 km/h e que tentou "frear e desviar" das vítimas.
Apesar disso, testemunhas que presenciaram o atropelamento contam uma versão diferente da informada pelo jogador. Uma delas afirmou que o atleta estava em alta velocidade e que vinha "costurando" no trânsito, que estava "moderado" e que permitia a chegada do casal no outro lado da rua em segurança.