Policial militar é preso por extorquir donos de postos de combustíveis em falsas blitzes, em Caxias
Além do PM, um ex-policial foi identificado por fazer parte esquema, mas ainda não foi preso. Os dois se passavam por policiais civis da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados
Policial Militar Leonardo da Silva Aranha Rody, é lotado no 15º BPM - Divulgação
Policial Militar Leonardo da Silva Aranha Rody, é lotado no 15º BPMDivulgação
Rio- A Polícia Civil prendeu em flagrante um policial militar que estava se passando por agente da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) para extorquir dinheiro de donos de postos de combustíveis, nesta sexta-feira. Ele realizava “blitz” para extorquir motoristas de caminhões de combustíveis, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
A ação desenvolveu-se após o Setor de Inteligência apurar que um dos motoristas de caminhão, vítima da extorsão, se encontraria com o PM para lhe pagar a quantia de cinco mil reais em troca da devolução de sua arma de fogo legalmente registrada, apreendida pelos supostos policiais civis.
Diante das informações, os agentes foram ao local e conseguiram prender em flagrante, pelo crime de extorsão, o Policial Militar Leonardo da Silva Aranha Rody, lotado no 15º BPM, em Duque de Caxias. Com ele foi encontrada a arma de fogo de uma das vítimas, documentos e chave de um caminhão de outra vítima. Além disso, com o PM foi apreendida uma pistola, carregadores, munições, e documentos de algumas de suas vítimas.
As denúncias davam conta de que homens armados, vestindo camisas da Polícia Civil, estavam se dirigindo a diversos postos de gasolina em Duque de Caxias exigindo o pagamento de quantias, sob o pretexto de livrá-los de fiscalizações da DDSD. Além disso, esses falsos policiais realizaram uma “blitz” falsa para coagir motoristas de caminhões de combustíveis a lhes dar dinheiro, a fim de eximi-los de responder por supostas irregularidades.
Ex-policial civil faz parte do esquema
Analisando as imagens das câmeras de segurança dos postos de gasolina, bem como através de diligências nos locais do crime, o Setor de Inteligência da DDSD identificou um dos comparsas de Leonardo, um ex-policial civil que ainda não foi preso. Os agentes ainda constataram que eles utilizavam um veículo clonado para praticar os delitos.
Diversas vítimas da organização criminosa já compareceram a DDSD e realizaram o reconhecimento dos dois suspeitos como autores das extorsões.
Segundo a polícia, os dois responderão pelo crime de extorsão qualificada e será instaurado inquérito policial para investigar a existência de uma organização criminosa, identificando seus demais membros. A prisão do PM foi comunicada à Corregedoria da Polícia Militar, que acompanhou a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante e conduziu o agente ao Batalhão Especial Prisional. A ação foi conjunta com policiais civis da DRACO e da DRFC.
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