Polícias Civil e Militar realizam operação no Jacarezinho. Ocupação será permanenteMarcos Porto/Agência O Dia

Rio - O governador do estado do Rio, Cláudio Castro (PL), se manifestou nas redes sociais sobre o início do projeto Cidade Integrada, que prevê ocupação policial permanente em favelas do Rio. A ação começou no início da manhã desta quarta-feira (19), no Jacarezinho, com presença de viaturas, helicóptero e dezenas de policiais militares e civis. A ocupação também acontece em Manguinhos, Conjunto Morar Carioca e Bandeira Dois.
"Damos início a um grande processo de transformação das comunidades do estado do Rio. Foram meses elaborando um programa que mude a vida da população levando dignidade e oportunidade. As operações de hoje são apenas o começo dessa mudança que vai muito além da segurança", escreveu Castro. O governador afirmou que detalhará, no próximo sábado (22), como vai funcionar o projeto. A ideia é ocupar com forças policiais e também desenvolver a urbanização dessas áreas.
"No sábado, vou detalhar os projetos que serão iniciados de maneira permanente em duas comunidades. E que servirão de modelo para outros importantes lugares que sofrem com a ausência de serviços e programas que realmente colaborem para melhorar a vida de quem mora nessas áreas.
Conforme O DIA noticiou em setembro, o projeto visa levar uma série de serviços para comunidades, sendo a segurança um desses braços. Dividida em etapas, a ação vai abarcar sempre duas comunidades ao mesmo tempo, sendo uma ocupada por milicianos e outra por traficantes. Segundo o governo, não se trata de ocupação nos moldes das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).
No Jacarezinho, o governo pretende instalar um batalhão da Polícia Militar no terreno onde ficava a fábrica da General Electric (GE). A ideia é desafogar o policiamento em bairros das imediações. Além da segurança, o governo pretender levar outros serviços como saneamento, coleta de lixo, hospital, entre outros.
Operação Exceptis
Em maio do ano passado, a comunidade do Jacarezinho foi cenário de uma operação da Polícia Civil que deixou 28 mortos em confronto, sendo 27 suspeitos do tráfico local, além do agente André Farias, morto ao desembarcar de um blindado.
Ontem à noite, agentes do Bope (Batalhão de Operações Policiais) já ocupavam os arredores da comunidade, o que levou moradores a relembrarem a operação, que está sendo investigada pelo Ministério Público Estadual.