Hospital Badim, na TijucaREPRODUÇÃO GOOGLE MAPS

Rio - Os hospitais particulares começaram a limitar a circulação de visitantes nas unidades de saúde, para evitar uma disseminação de covid-19 entre os internados. Algumas redes privadas já anunciaram a suspensão das visitas a pacientes. Na terça-feira (18), a rede pública, tanto estadual, quanto municipal, também suspendeu acompanhantes temporariamente, por conta da explosão de casos da variante Ômicron.
O tradicional Hospital São Lucas, em Copacabana, Zona Sul do Rio, tomou a decisão de suspender as visitas aos pacientes internados. A exceção são os acompanhantes de pacientes que requerem atenção especial, como os casos de extrema gravidade, idosos, ou crianças.
O Hospital Badim, na Tijuca, que pertence à Rede D'Or, vai decidir nesta quinta-feira (19) se suspende a entrada de visitantes. A unidade viu o número de atendimentos por covid-19 dobrar em janeiro. O aumento significativo obrigou a administração do hospital a abrir duas novas alas exclusivas para o tratamento da doença, uma delas no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) e outra no andar de quartos (unidades de internação).
A Secretaria Estadual e a Secretaria Municipal Municipal de Saúde anunciaram na terça-feira a restrição de pessoas externas na rede pública. Só poderão entrar acompanhantes de pacientes com extrema gravidade ou necessidade - crianças, idosos, pessoas com dificuldade de locomoção. No município, a suspensão tem prazo de 15 dias. O estado não deu data de retorno.
Em nota, a Casa de Saúde São José informou que, no momento, as visitas estão limitadas a 2 pessoas por dia, no período de 1 hora, para os pacientes que não estão com acompanhantes. Em relação à internação de pessoas com covid-19, em dezembro de 2021, a média era de 4 pacientes/dia. Já em janeiro de 2022, esse número subiu para 29 pacientes/dia.
Já a Rede D'Or São Luiz informou que está vigilante em relação ao atual momento da pandemia no país e que, caso seja necessário, pode adotar medidas preventivas como a restrição de visitas nas unidades. Foi registrado um crescimento no número de internações por covid nas últimas duas semanas, mas ainda longe da realidade enfrentada em 2020 e no primeiro semestre de 2021. "Há de se enfatizar, também, que a grande maioria dos casos são de baixa gravidade, não necessitando de internação em UTI", diz a nota.