Falso médico fazia procedimentos em clínica do RioRedes Sociais

Rio - A juíza Daniele Lima Pires Barbosa converteu a prisão em flagrante de Lucas da Silva Leite para prisão preventiva, em audiência de custódia realizada no último sábado (15). Lucas foi preso por se apresentar como médico e esteticista, mesmo sem ter formação nas áreas. Ele é acusado de exercício ilegal da profissão.
Lucas realizava procedimentos estéticos em seu próprio apartamento na Rua do Riachuelo, no Centro. Sem ter conhecimento técnico e utilizando medicamentos sem identificação de origem, ele fazia aplicações de laser e botox no corpo e no rosto dos clientes. Policiais civis da Delegacia do Consumidor (Decon), que realizaram a prisão após denúncias, chegaram a encontrar medicamentos armazenados na mesma geladeira em que Lucas guardava alimentos e bebidas.
A juíza considerou a prisão preventiva necessária para a "manutenção da ordem pública e restabelecimento da paz social", uma vez que o procedimento colocava vidas em risco.
“Assim, verifica-se que a prisão cautelar se faz necessária para a garantia da ordem pública, em especial porque a conduta praticada pelo custodiado coloca em risco a vida e saúde de diversas pessoas, posto que prescrevia e aplicava materiais sem a devida instrução, capacitação e autorização legal", detalhou na decisão.
Segundo o delegado Ricardo Barboza, que investiga o caso, o falso médico realizava trabalhos como: aplicação de botox, peeling com laser, aplicação de enzimas para quebra de células de gordura, além também de fazer procedimentos mais invasivos. 
"Uns clientes que fizeram procedimentos com ele vieram atrás da gente depois de saberem que ele não tinha qualificação. Alguns até tiveram lesões durante os tratamentos realizados por ele. Eles também alegaram que por vergonha, decidiram não fazer registros de ocorrência", explicou Barboza.