Renafro e Ilê Omolu Oxum lançam pesquisa sobre racismo religioso no BrasilDivulgação
Renafro e Ilê Omolu Oxum lançam pesquisa sobre racismo religioso no Brasil
Raio-x sobre a violência contra religiões de matriz africana faz parte do projeto 'Respeite o meu terreiro'
A Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde e o Ilê Omolu Oxum lançaram nesta sexta-feira uma pesquisa que irá mapear o racismo religioso no Brasil. A idéia é organizar um verdadeiro raio-x sobre a violência contra os povos de matriz africana, a partir de um formulário dirigido às lideranças religiosas.
Além do objetivo principal, focado no crescente número de casos de intolerância religiosa, será possível também traçar um perfil dos terreiros, suas tradições e relações com a comunidade com esta pesquisa inédita, que só é possível graças ao apoio da organização internacional Raça & Igualdade. De acordo com a Coordenadora Nacional da Renafro e idealizadora do projeto ‘Respeite o meu terreiro’, Mãe Nilce de Iansã, é preciso revelar onde e de que formas o racismo religioso se manifesta e fomentar ações protetivas de combate à escalada da violência, contra as religiões de matriz africana.
Durante os próximos três meses, as informações coletadas com a pesquisa serão compiladas e analisadas pelo projeto e o seu resultado será entregue ao Ministério Público Federal, Comissão de Direitos Humanos (Senado Federal), Comissão de Direitos Humanos e Minorias (Câmara dos Deputados), Comissão Nacional de Direitos Humanos (OAB), Conselho de Direitos Humanos (ONU), Comissão Interamericana de Direitos Humanos (ONU) e Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA).
O projeto prevê ainda neste semestre, a realização de capacitação para líderes religiosos sobre direitos dos povos de terreiro, e também para os profissionais da área jurídica, em parceria com o Idafro – Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras. O formulário da pesquisa leva em média cinco minutos para ser respondido e estará disponível nas redes sociais da Renafro e Ilê Omolu Oxum, até o dia 30 de maio.
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