Fachada do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio Agência O Dia/Reginaldo Pimenta
"A permanência do apenado fora dos limites do Estado do Rio de Janeiro é um importante obstáculo ao fluxo de comunicações entre tais líderes e seus comandos, no que tange à transmissão de ordens ilícitas, o que viabiliza a continuidade da austera política de segurança pública implementada pelas autoridades fluminense", pontuou o magistrado na decisão referente a Rafael Luz Souza, que acrescentou:
"Não se pode, de forma alguma, negar o poder e influência desses grupos milicianos em atuação no Estado do Rio de Janeiro, tais como o que integra o apenado, espalhando o medo, terror, muitas vezes com ações que beiram a barbárie".
Nas decisões, o juiz ainda determinou que Rafael Luz Souza e Toni Ângelo Souza de Aguiar permaneçam na Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1, até que a transferência aconteça. Os criminosos deverão permanecer em uma penitenciária federal por três anos, que podem ser prolongados.
Ecko
Chefe da maior milícia do Rio, Wellington da Silva Braga foi morto em junho de 2021, no bairro Paciência, na Zona Norte do Rio, em uma operação da Polícia Civil. A ação, batizada de Dia dos Namorados, fez parte da Força-Tarefa de Combate às Milícias, criada em outubro de 2020, com o objetivo de asfixiar o braço financeiro das organizações criminosas.
Após a morte do criminoso, milicianos que atuam no Rio passaram a brigar pelo território dominado por Ecko. Os promotores acreditam que a aliança entre Rafael Luz Souza e Toni Ângelo Souza de Aguiar, além de outros internos como Celio Alves Palma Junior, o Celinho, e Adriano da Silva Conceição, o Nem, surgiu para desarticular o "bonde do Ecko" e conquistar novos pontos de dominação.
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