ONG Rio de Paz fez ato em homenagem ao congolês Moise, na orla da Praia da Barra da Tijuca Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Caso Moïse: Governador irá pedir retirada do sigilo das investigações
Defesa e a família não puderam ter acesso à íntegra das imagens captadas pelas câmeras de segurança do quiosque onde congolês morreu
Rio - O governador Cláudio Castro recebeu, nesta segunda-feira (14) no Palácio Guanabara, a comitiva da Câmara de Deputados e do Senado que veio ao Rio de Janeiro acompanhar as investigações da morte do congolês Moïse Kabagambe. Durante o encontro, Castro se comprometeu a conversar com o secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, sobre a retirada do sigilo da investigação conduzida pela Delegacia de Homicídio da Capital.
"Nós já conversamos com a família do Moïse, imediatamente colocamos à disposição segurança e linhas de crédito. Estamos recebendo as comissões de Direitos Humanos da Câmara e do Senado para ouvir, entender como podemos ser úteis. O governo está à disposição para qualquer ajuda necessária", disse.
Durante a reunião, os advogados da OAB também expressaram preocupação com a forma como o inquérito vem sendo conduzido pelo delegado responsável pelo caso. Até agora, a defesa ou a família não puderam ter acesso à íntegra das imagens captadas pelas câmeras de segurança do quiosque onde ocorreu o assassinato.
O temor é de que o indiciamento pela Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público não respondam questões-chave sobre o caso. No início deste mês, o TJRJ decretou a prisão temporária, depois convertida em preventiva, de três homens ligados ao quiosque por envolvimento no espancamento que provocou a morte do congolês.
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