Rayane FigliuzziReprodução Internet

Rio - A influenciadora Rayane da Silva Figliuzzi, de 29 anos, apontada como integrante de uma quadrilha de estelionatários, responde às acusações em liberdade. Procurada pelo DIA, a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) afirmou que a jovem, que foi presa neste domingo (13), em uma ação da Polícia Militar em Areal, na Região Serrana do Rio, "não encontra-se no sistema prisional do Rio de Janeiro".
Rayane foi encontrada em um restaurante na Rua Mônica Quintella, após ser monitorada por quatro horas pelos agentes de segurança. Segundo a corporação, a estelionatária é suspeita de pertencer a um grupo conhecido como "Família Errejota", especializada no chamado "golpe do motoboy".
Em nota, a defesa de Rayane afirmou que ela irá responder a ação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em liberdade. Procurado, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina afirmou que o caso está em segredo de Justiça. Por causa do sigilo, o parquet catarinense não pode se manifestar sobre o assunto.
O CASO
Em dezembro de 2021, o MPSC apresentou uma denúncia contra o noivo da suspeita, Alexandre Navarro, conhecido como Juninho, e mais 14 pessoas. Em dezembro de 2020, um dos integrantes do grupo foi capturado. A partir daí, a 5ª Delegacia de Polícia da Capital, em Florianópolis, conseguiu encontrar Juninho. Durante as investigações, os policiais chegaram à irmã de Navarro.
Em julho de 2021, Yasmin Navarro, irmã de Alexandre, Mariana Serrano de Oliveira, Rayane Silva Sousa, Gabriela Silva Vieira e Anna Carolina de Sousa Santos foram presas em um apartamento no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, onde funcionava uma "central de telemarketing", que servia para aplicar golpes em suas vítimas. Na ação, laptops, celulares, anotações e máquinas de cartão de crédito para a análise da investigação.
Segundo investigações, elas entravam em contato fingindo ser da administradora do cartão de crédito, e conseguiam dados bancários de vítimas. O golpe consistia em dizer que uma fraude havia sido detectada nas compras feitas no cartão, e a vítima deveria passar alguns dados para resolver o problema. Elas ainda mandavam um suposto motoboy até a casa da pessoa a ser lesada para recolher o cartão.
Com todos os dados e o cartão das vítimas em mãos, elas faziam compras, saques em contas bancárias e até empréstimos.