Presidente Jair Bolsonaro, governador do Rio Cláudio Castro, ministros e secretários estaduais se reúnem em Petrópolis, nesta sexta (18)REPRODUÃÃO TWITTER
'É uma imagem quase de guerra', diz Bolsonaro sobre estragos da chuva em Petrópolis
Presidente da República sobrevoou a cidade na manhã desta sexta-feira (18). Governo federal afirmou disponibilizar verba extraordinária de até R$ 2 bilhões, mas ministros não deram detalhes sobre como será gasto o valor
Rio - O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) tratou como 'quase de guerra' as imagens de destruição em Petrópolis, desde a chuva da última terça-feira (18). Bolsonaro sobrevoou de helicóptero a região durante a manhã, no momento em que, no solo, bombeiros suspendiam as buscas por desaparecidos por conta da chuva forte. Já são mais de 100 mortos e outros mais de 100 desaparecidos.
Perguntado sobre como avalia o cenário da região após as chuvas, o presidente falou em "destruição". "Vimos pontos localizados de casas e uma intensa destruição. Vimos regiões que ainda existem casas, regiões periféricas, mas é uma imagem quase de guerra. É lamentável. De cima, tivemos a perfeita noção da gravidade", afirmou Bolsonaro durante coletiva em Petrópolis, após o voo.
Bolsonaro esteve ao lado do governador Cláudio Castro (PL), que afirmou não haver necessidade de mais equipes de bombeiros em Petrópolis, para não colocar ainda mais pessoas em risco. Na quinta, os governos de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul disponibilizaram ajuda do Corpo de Bombeiros, mas o estado, até agora, só aceitou a vinda de equipes de São Paulo, estado maisa perto.
"Não adianta ter gente demais. Há um problema sério de trânsito, e o local ainda está instável. Não adianta colocar 2 mil, 3 mil, 4 mil pessoas. Quem manda é a equipe técnica. Estamos com um número suficiente, de acordo com o que a técnica manda", disse Castro.
O presidente também se defendeu das críticas pela tragédia, que ocorreu em uma área montanhosa de construções precárias. "Nós não temos como nos precaver de tudo o que possa acontecer nesses 8,5 milhões de quilômetros quadrados. A população logicamente tem razão em criticar, mas aqui é uma região bastante acidentada. Infelizmente tivemos outras tragédias aqui. Vamos fazer a nossa parte", acrescentou.
Também sobrevoaram a região os ministros da Infraestrutura, de Estado, da Cidadania, e o presidente da Caixa Econômica Federal. Eles ressaltaram que foram disponibilizados R$ 2 milhões para para assistência à população, como alimentos e itens essenciais, e início dos serviços de limpeza urbana. na região. O governo federal disse também que há R$ 2 bilhões disponíveis como verba emergencial, mas não detalhou como e onde será investido o valor.
O secretário estadual de Defesa Civil, Leandro Monteiro, fez um apelo para que pessoas em áreas de risco deixem imediatamente suas casas. "Os moradores de áreas de risco precisam deixar suas casas e irem para os abrigos. Está chovendo muito na cidade. Acreditem no trabalho do Corpo de Bombeiros, acreditem no trabalho da Defesa Civil".
*Com informações da AFP
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