Chuva forte na cidade de Petrópolis, Região Serrana do Rio, deixa dezenas de pessoas mortas e centenas desabrigadas AFP

Rio - A inspetora da Polícia Civil, Ana Pina, que faz o acompanhamento da liberação dos corpos das vítimas da tragédia em Petrópolis, Região Serrana do Rio, explica que a demora na identificação das vítimas é devido ao grande volume de trabalho demandado assim que um cadáver chega ao IML. A demora estava sendo duramente criticada por familiares angustiados na porta do IML nos últimos dias. Em entrevista ao DIA, nesta sexta-feira, a inspetora explicou o longo processo que é feito até que as famílias consigam dar um final digno aos entes queridos que perderam a vida após a forte chuva que assolou a cidade.
Inicialmente, as autoridades pedem para que os familiares dos desaparecidos, cujo registro já passou de 200, entre em contato por telefone com o IML de Petrópolis e faça o cadastro dessa possível vítima. Em seguida, é solicitado dados do desaparecido como: nome da mãe ou do pai, nome completo e data de nascimento. Se a pessoa tiver o documento de identidade, facilita o processo, no entanto, não é um fator primordial nesta etapa.
Após o cadastro, o familiar deixa um telefone para contato e todas as informações passadas são inseridas no banco de dados do IML de Petrópolis.   
Chegada dos corpos no IML
À medida que os corpos chegam no IML, eles passam por um processo de identificação. Segundo a inspetora Ana Pina, as características físicas informadas no cadastro ajudam bastante. "Por exemplo, se a pessoa tem uma tatuagem de frase em inglês ou um piercing no rosto, nós separamos os corpos como pessoas suspeitas [de acordo com as informações do cadastro]. O corpo encontrado também passa por um outro processo de identificação que