Chuva forte na cidade de Petrópolis, Região Serrana do Rio, deixa dezenas de pessoas mortas e centenas desabrigadasAFP

Rio - Após o forte temporal deixar qual mil pessoas desabrigadas em Petrópolis, na Região Serrana, em razão das enchentes e deslizamentos de terra, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) tem trabalho para realizar vistorias e verificar possíveis queixas das situações dos moradores da cidade serrana que estão em abrigos. O último balanço divulgado pelo Ministério Público foi feito a partir de uma visita neste sábado (19).
Neste quarto dia de visitas, com um total de oito já realizadas, foi identificada pelas equipes do CAO Cidadania/MPRJ, da Coordenadoria de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana (COGEPDPH/MPRJ) e dos Centros Regionais de Apoio Administrativo Institucional (CRAAIs) a necessidade da presença de profissionais como assistentes sociais e psicólogos nestes locais, bem como do fortalecimento dos cadastros para programas sociais, como Aluguel Social e Projeto Recomeçar, além do Cadastro Único.
O MPRJ ainda verificou que o município não dispõe de resolução que trate da concessão de benefício eventual. "O que, sem dúvida, facilitaria a adoção de políticas públicas de atendimento às vulnerabilidades da população atingida pelo desastre", disse, em nota.
O trabalho de visita e vistoria dos centros, que busca garantir que as necessidades dos abrigados sejam atendidas, terá continuidade neste domingo (20).
Funcionamento do IML
Além disso, o MPRJ informou que, por meio da COGEPDPH/MPRJ e da Coordenadoria de Direitos Humanos e Minorias do MPRJ (CDHM/MPRJ), apresentará, neste domingo, sugestões para aperfeiçoar o funcionamento do Instituto Médico Legal (IML) de Petrópolis. O objetivo é retomar o diálogo com a Polícia Civil para aprimorar o serviço do IML à população vítima do desastre causado pelas fortes chuvas que atingiram a cidade no último dia 15.
O propósito será estabelecer diálogo com a Polícia Civil para contribuir com a busca por desaparecidos e sua identificação. Serão apresentadas propostas para aprimorar este processo, bem como será destacada a importância de presença de psicólogos e assistentes sociais no local, de forma a prestar atendimento aos cidadãos que buscam por amigos e familiares.
Desde a manhã do dia 16, o MPRJ comunicou, via mídias sociais e informes nos veículos de comunicação, que o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID/MPRJ) estaria mobilizado em sua central de atendimento para receber informações sobre pessoas desaparecias.
Até a tarde de sábado (19/02), o programa havia recebido cerca de 1.050 e-mails (atendimento.plid@mprj.mp.br) com dados sobre desaparecidos na tragédia, além de solicitações de informações sobre a localização de pessoas. Neste mesmo período, manteve canal aberto de comunicação com a sociedade através do telefone (21) 2262-1049.