Missa de sétimo dia pelas vítimas de PetrópolisReprodução

Rio - Com a presença de dezenas de pessoas que perderam parentes e amigos na tragédia de Petrópolis, Região Serrana do Rio, o bispo do município, Dom Gregório Paixão, celebrou uma missa de sétimo dia para as vítimas, na noite desta segunda-feira. A celebração foi realizada na Igreja Santo Antônio, no Alto da Serra, localizada em frente ao Morro da Oficina, um dos principais pontos que sofreu com a chuva forte. No momento da missa, chovia de forma moderada, o que fez com que as buscas tivessem que ser suspensas momentaneamente.
O bispo reforçou a necessidade de unir forças neste momento. "Houve uma enxurrada de água, mas também houve uma enxurrada de solidariedade. Acolhemos quem está sofrendo, de modo especial, aqueles que estão sem lar, sem grandes possibilidades, mas nós somos a possibilidade desse povo", disse.
Dom Gregório Paixão também falou sobre as mães que estão entre os mais de 180 mortos. "Durante esses dias eu consigo ouvir as vozes das mães que morreram nessa tragédia e, no meio da lama, muitas clamam: "cuidem dos meus filhos". No meio da lama, existe um clamor de justiça, amor e paz. Essas pessoas, mesmo tendo as vozes silenciadas, continuam gritando para que construamos uma nova sociedade".
Ainda durante a homilia, o bispo mencionou problemas sociais presentes no Morro da Oficina. Segundo ele, as dezenas de pessoas que viviam naquele lugar eram pessoas que queriam uma oportunidade na vida e que queriam construir uma família, mas não tinham condições de se mudarem para um lugar melhor e mais seguro.