O secretário municipal de Saúde Daniel Soranz na Clínica da Família Estácio de Sá, no Rio CompridoAGÊNCIA O DIA

Rio - A Secretaria Municipal de Saúde do Rio vai decidir em reunião no próximo dia 14 de março sobre a flexibilização do uso de máscaras em locais fechados. O Comitê Científico começou a discutir o tema na segunda-feira (21). Há o debate para que a flexibilização aconteça parcialmente, ou seja, apenas em alguns tipos de ambiente. Atualmente, as máscaras são obrigatórias em espaços fechados e no transporte público.

"Ainda precisa ser avaliado se essa retirada das máscaras será em todos os lugares, ou só em locais específicos. Os indicadores epidemiológicos melhoram a cada dia. Mas o Comitê achou que por cautela é melhor esperar até o dia 14", afirmou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, em visita à Clínica da Família Estácio de Sá, no Rio Comprido, na manhã desta terça (22).

No último fim de semana, blocos não autorizados lotaram ruas do Centro do Rio, apesar da prefeitura ter proibido a folia antes e durante o feriado de Carnaval. Vídeos que viralizaram nas redes mostram aglomerações de pessoas sem máscara - o que não é proibido em ambientes abertos, mas a orientação de especialistas é usar o equipamento em locais cheios. Soranz avalia que o debate sobre flexibilização do uso de máscaras vem em momento oportuno.

"Faz parte do cenário epidemiológico. Gradativamente, o número de casos de covid vem caindo, assim como vem caindo também o número de positividade dos testes. Liberar o uso de máscaras é um debate inevitável, e é importante que o debate aconteça. O Comitê avalia que ainda é precoce liberar o uso agora", afirmou o secretário.
A taxa de positividade dos testes de covid está em 18% no Rio, uma queda significativa em comparação com janeiro, quando chegou a 44%. O número de internados por covid, que ultrapassou 900 naquele mês, está atualmente em 75.

Alguns estados, incluindo o Rio, avaliam entre si que o feriado do Carnaval será o último momento antes de um processo de flexibilização maior. Caso a capital fluminense desobrigue o uso de máscaras a partir de março, a única restrição que permanecerá será o passaporte vacinal para entrar em locais fechados, como cinemas e restaurantes - a partir de agora, pessoas maiores de 40 anos terão que comprovar também a vacinação da dose de reforço.