Rogério de Andrade foi patrono da Mocidade Independente de Padre MiguelBANCO DE IMAGENS
Apesar do fim da prisão preventiva, o STF autorizou a continuação das investigações contra Andrade. “(…) No caso de surgimento de novos elementos de prova que efetivamente possam demonstrar a existência de justa causa, condição imprescindível da Ação Penal (…)”, justifica a decisão, divulgada pelo site Metrópoles.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) considera que a morte de Fernando Iggnácio aconteceu por causa da disputa pelo território do jogo do bicho. No entanto, a defesa alega que não há provas que comprovem a participação de Andrade na morte de Iggnácio.
Em março de 2021, a juíza Viviane Ramos de Faria, da 1ª Vara Criminal do Fórum da Capital, determinou a prisão preventiva de Rogério de Andrade pela morte de Fernando Iggnácio. No mesmo mês, o MPRJ denunciou Rogério de Andrade e mais cinco pessoas pelo assassinato do contraventor, no 10 de novembro de 2020, no estacionamento de um heliporto no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. A vítima e o denunciado Rogério de Andrade, são, respectivamente, genro e sobrinho do falecido contraventor Castor de Andrade, que foi chefe do jogo do bicho no Estado.
Antes de ser morto, Fernando Iggnácio seguiu à risca um hábito adotado sempre que viajava de helicóptero com a esposa Carmem Lúcia de Andrade Iggnácio, filha de Castor de Andrade, morto em 1997. Ele desembarcou sozinho, foi conduzido em um veículo elétrico até o estacionamento e deu os últimos passos até o seu carro após percorrer cerca de 100m, onde foi baleado.
Fernando Iggnácio morreu em meio a briga por herança
O filho de Castor, Paulo Roberto, foi assassinado em 1998, e Rogério de Andrade sofreu diversos atentados nas últimas duas décadas. O mais grave deles foi em 2010, quando uma bomba estourou em seu veículo. O objetivo ela matá-lo, mas era o filho de Rogério, de apenas 17 anos, quem dirigia o carro.
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