O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, vacinou com a segunda dose contra a covid-19 o pequeno David Azeredo, de 7 anosFÁBIO COSTA/AGÊNCIA O DIA

Rio - Crianças com comorbidade e deficiência começaram a receber a segunda dose da vacina da Pfizer contra a covid-19 nesta terça-feira (23), na cidade do Rio. Na segunda (22), a Secretaria Municipal de Saúde havia anunciado a redução do intervalo entre a primeira e segunda dose: a distância caiu de oito semanas (56 dias) para três semanas (21 dias). O objetivo é acelerar a cobertura vacinal desse grupo de meninos e meninas mais vulneráveis à doença.
Coube ao pequeno Davi Azeredo, de 7 anos, ser a primeira criança a receber a segunda dose. Ele já está na história das campanhas de vacinação da cidade: no dia 18 de janeiro, esteve entre as primeiras crianças da cidade a receber a primeira dose da vacina pediátrica. Assim como na primeira vez, a vacina em Davi foi aplicada pelo secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, que esteve na manhã desta terça-feira (23) no Planetário da Gávea.
"É muito importante essa etapa da vacinação porque são as crianças que têm mais risco de adoecer gravemente, e ter uma internação hospitalar", explicou Soranz.
 
Thiago David levou na manhã desta quarta (23) os filhos Henrique e Eduardo para receber a primeira dose da vacina no Planetário. "A gente já deveria ter dado essa vacina há algum tempo, mas tivemos uma suspeita de covid-19 na família no final de janeiro. Por recomendação médica, decidimos esperar para poder tomar a vacina. Hoje foi o dia", contou o pai da dupla, que tomou Coronavac, distribuída para crianças entre 6 anos e 11 anos. 
O secretário de Saúde do Rio avalia que a adesão da vacinação infantil, no geral, ainda está abaixo do esperado. O secretário atribui os atrasos no envio das doses pelo Ministério da Saúde e as fake news sobre vacinação como os principais obstáculos.
"350 mil crianças de 5 a 11 anos tomaram a primeira dose. Nosso objetivo era vacinar cerca de 560 mil. A gente precisa ampliar isso em larga escala. Todas as escolas, postos de saúde, agentes comunitários estão fazendo essa busca ativa intensa para que a gente possa acelerar a vacinação. É um desafio, nesse período, com tantas notícias falsas, a gente conseguir aumentar essa adesão, mas tenho certeza que o apoio dos professores e secretarias de saúde vão poder aumentar", comentou o secretário.
As crianças de 5 a 11 anos podem ir com os responsáveis aos postos de saúde e clínicas da família. Há também a opção de receber a vacina nas escolas municipais: para isso, os pais precisam assinar um termo de autorização enviado pela diretora. Meninos e meninas poderão ser vacinados nos horários de saída das turmas. Pela manhã, das 11h às 12h30; à tarde, das 15h30 às 17h.
"Mais de 58 mil crianças vacinadas nessa busca ativa. A gente considera um número expressivo, mas infelizmente, no meio da busca ativa faltou dose de vacina. Essa vacinação nas escolas acontece com a autorização dos pais nos períodos de saída da escola e é muito importante. Nossos professores e os agentes comunitários de saúde estão em um esforço grande para vacinar nossas crianças", completou o secretário.