Padrasto preso acusado de matar bebêreprodução TV
Bebê é morto pela mãe de 17 anos e o padrasto na Zona Oeste, conclui polícia
Maria Sofia Flora, de 1 ano e 10 meses, teve morte encefálica causada por fenômeno ‘Shaken baby’ (síndrome do bebê chacoalhado)
Rio - Uma adolescente de 17 anos e um jovem de 20 são apontados como os principais suspeitos de matar uma criança de 1 ano e 10 meses em Realengo no dia 7 de fevereiro. A jovem e Mateus Monteiro do Nascimento, mãe e padrasto da pequena Maria Sofia Flora respectivamente, foram presos na última sexta-feira (4) após a conclusão da investigação da 33ª DP (Realengo). Há pouco menos de um mês a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a morte da bebê, que deu entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer apresentando diversas lesões e sinais de maus tratos.
Na conclusão das investigações, ficou comprovado que a vítima morreu de traumatismo crânio encefálico, conforme laudo de exame cadavérico do Instituto Médico Legal (IML). O prontuário médico do hospital municipal também concluiu pela morte encefálica indicando como possível causa da lesão o fenômeno "Shaken baby" (síndrome do bebê chacoalhado). Este diagnóstico foi corroborado na necropsia a qual constatou grande edema cerebral, infiltrações hemorrágicas difusas, meninges com infiltrações hemorrágicas, entre outros achados.
Com o depoimento de testemunhas que se mobilizaram nas redes sociais e criaram a campanha Justiça por Maria Sofia, do pai biológico da vítima, da médica que prestou o atendimento no Albert Schweitzer, funcionários do abrigo onde a mãe da bebê morava com a vítima, bem como os próprios acusados, foi comprovado que a vítima sofria de maus tratos constantemente. Há relatos de uma fratura exposta no braço direito da vítima, decorrente de lesões provocadas por terceiros também.
Após a conclusão do inquérito, o delegado responsável pelas investigações, Flávio Rodrigues, solicitou a prisão temporária de Mateus na 2ª Vara Criminal. Já para a mãe, por ser menor de idade, foi solicitado sua apreensão na Vara de Infância e Juventude. No momento da prisão, os suspeitos estavam em casa e não ofereceram resistência à prisão. Eles foram encaminhados para as devidas instituições posteriormente.
Alívio da família paterna
A prisão do casal simbolizou um respiro para a família paterna de Maria Sofia. A avó da menina, Romilda Nunes, disse que procurou pela neta durante 8 meses, pois a mãe da menina havia desaparecido. "Uma neta que nós procuramos por 8 meses e quando eu a encontrei, foi em uma pedrinha gelada. Eu abracei ela tentando aquecer o corpinho todo machucado. Eu não pude ver a minha neta, eu só peço que seja feita Justiça, que eles paguem pelo que eles fizeram porque a gente não está conseguindo seguir com essa angústia", disse a avó.
O pai biológico também fez diversas publicações pedindo pela prisão do casal e lamentou a morte da filha. "Filha, te amo muito. Sua falta dói muito aqui meu amor minha neguinha, linda, te amo muito muito", escreveu nas suas redes sociais.
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