Rio - O Instituto Marielle Franco promove, desde a tarde desta segunda-feira (14), o Festival Justiça por Marielle e Anderson, no Circo Voador, na Lapa, Centro do Rio, para lembrar os quatro anos da morte da vereadora e do seu motorista Anderson Gomes. Mesas de debates, atividades culturais e shows gratuitos com a presença de mulheres negras estão na programação. Entre as convidados para cantar no palco estão Karol Conka, Jéssica Ellen e Lelle do Passinho.
A programação teve início às 16h, com uma roda de conversa sobre o legado de mulheres negras na política e os desafios para este ano de eleições e uma oficina de escrita de cartas com o coletivo Mulheres que Escrevem. Às 18h, foi a vez do Cortejo Baque Mulher se apresentar no palco principal. A partir das 20h, o palco começa a receber as artistas MC Martina, MC Zuleide e DJ Thamy. O Bloco Malunguetu está responsável por fechar o evento, às 23h. O festival também está sendo transmitido ao vivo pelo canal do Youtube.
Durante a tarde, outros atos também marcaram a data que reivindica respostas de quem mandou matar Marielle. A irmã da vereadora, Anielle Franco, esteve em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde Marielle exerceu seu mandato enquanto vereadora, para cobrar por respostas. Na sexta-feira (11), a Câmara estendeu uma faixa na fachada da frente do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara do Rio, com a pergunta "Quem mandou matar Marielle?". A iniciativa foi da mandato da vereadora Monica Benicio (PSOL), viúva da vereadora.
Família de Marielle Franco se reúne com governador do Rio
A família de Marielle Franco se reuniu com o governador do Rio, Cláudio Castro, nesta segunda-feira (14), para cobrar mais eficiência do poder público para encontrar os responsáveis por matar a vereadora.
Nas suas redes sociais, a viúva da vereadora, Mônica Benício falou sobre o encontro: "Quatro anos sem resposta, quatro anos sem justiça. Viemos cobrar o governador celeridade a respeito do caso Marielle e Anderson. Se o governador cumprir tudo que prometeu agora na reunião, há esperança de que a gente possa chegar à resolução desse caso. O governador se comprometeu que não haverá politicagem mesmo sendo um ano eleitoral, prometeu mais investimento na Polícia Civil e responsabilidade com esse caso".
As homenagens começaram às 8h, com o 'Amanhecer com Marielle, Anderson e todas as vítimas de violência', na escadaria da Câmara dos Deputados, na Cinelândia e um ato no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Um pouco mais tarde, às 10h30, foi realizada uma missa em memória da vereadora e do motorista na igreja da Candelária.
No protesto, os vereadores Chico Alencar (Psol), Tarcísio Motta (Psol), Taina de Paula (PT), Thais Ferreira (Psol), William Siri (Psol), o deputado federal Glauber Braga (Psol) e o presidente do Psol no Rio de Janeiro Juan Leal se reuniram na escadaria da Câmara e clamaram por justiça.
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