Rodrigo dos Santos, mais conhecido como Latrell, foi encaminhado à Cidade da Policia, no Jacaré de helicópteroReginaldo Pimenta

Rio - O miliciano Rodrigo dos Santos, conhecido como Latrell, foi transferido na noite de domingo (20) para o presídio de segurança máxima Bangu 1, no Complexo de Gericinó. Apontado como número 2 da milícia da Zona Oeste, Latrell passou por audiência de custódia ontem e sua prisão temporária foi mantida.
O criminoso chegou ao Rio na manhã de sábado e foi transportado de helicóptero para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na Zona Norte da cidade. 
Santos é suspeito de ser o segundo homem na hierarquia do grupo paramilitar comandado por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão do Ecko, liderança morta pela polícia no ano passado. Latrell foi preso em um hotel de São Paulo durante uma operação conjunta entre agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro e de São Paulo, na quinta-feira (17).
O miliciano estava hospedado em um hotel próximo ao aeroporto de Congonhas. Os agentes apreenderam o documento falso que o suspeito usava e quatro aparelhos de telefones celulares.
A penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1) foi criada para abrigar os criminosos mais perigosos do estado. Na unidade, também está preso Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como "Faraó dos Bitcoins", além de lideranças do Comando Vermelho.
De acordo com a delegada Thaianne Moraes, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), as circunstâncias da presença de Latrell no estado de São Paulo ainda são objeto de investigação. 
Conforme as investigações, Latrell era considerado um dos integrantes mais importantes da milícia de Zinho, devido ao seu histórico de atuação quando a organização criminosa era comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto em junho de 2021.
A Polícia Civil também investiga a participação de Latrell em eventos recentes envolvendo mortes na disputa de territórios na região disputada com a milícia de Danilo Dias Lima, o Tandera. Os dois bandos, comandados por Zinho e Tandera, disputam o monopólio de negócios irregulares da milícia.