Viaturas da Polícia Civil do Rio de de São Paulo estacionadas na porta do apartamento de Bruno Maffei, em Ipanema, na Zona SulDivulgação

Rio - Acusado de ter praticado golpes contra mais de mil vítimas, o influenciador carioca Bruno Maffei foi alvo de mandado de busca e apreensão em seu apartamento, em Ipanema, Zona Sul do Rio, nesta terça-feira. A ação foi feita por policiais civis da cidade de Cordeirópolis, em São Paulo, e do Rio de Janeiro, onde uma das vítimas dos esquemas de Maffei teria denunciado ter sofrido um prejuízo de R$ 5 mil.
De acordo com a Polícia Civil, uma moradora da cidade do interior de São Paulo teria comprado uma bolsa de grife em uma loja online de Maffei, pagou a quantia de R$ 5 mil a vista, mas não recebeu o produto. Segundo reportagem da emissora local "EPTV", afiliada da Rede Globo, a vítima fez a compra em uma loja online no Instagram chamada "Me deu bode". 
A vítima não sabia se tratar de uma loja do influenciador Bruno Maffei. Pesquisando sobre a página, ela encontrou outras pessoas relatando não terem recebido os produtos que compraram, assim como ela, então decidiu procurar a polícia. Todas as comunicações entre as vítimas e a loja eram feitas pela rede social. 
Na investigação, a Polícia Civil descobriu que Maffei era o proprietário pelas lojas. Além de não entregar as peças compradas, em outros casos, a loja do influenciador mandou produtos falsos para os clientes no lugar dos originais anunciados. 
Um apartamento de Bruno em São Paulo também foi alvo de buscas na terça-feira. O influenciador já participou de um reality "Alto Leblon", do canal E!, e era amigo de famosos. Em entrevista dada em 2019 ao UOL, ele chegou a admitir que o dinheiro de sua família, que sustentava suas viagens e vida luxuosa era fruto de contravenções e outros atos ilícitos.
Durante a vistoria dos policiais, no apartamento em Ipanema, Maffei teria tentado jogar dois aparelhos celulares pela janela, mas acabou impedido pelos agentes. No local, foram apreendidos três smartphones, quantia em dinheiro, 13 chips de celular e duas bolsas originais, com certificados, que deveriam ser usadas em postagens nas lojas administradas pelo influenciador.
A Polícia Civil acredita que os chips sejam usados por Bruno na criação de contas diferentes em bancos digitais e redes sociais. Bruno pode ser indiciado por estelionato e por uso de documento falso.