MPF move ação para anular licença de instalação de 36 torres de transmissão de energia na Baía de Sepetiba Divulgação
Na ação, ingressada na última sexta-feira (25), o principal pedido é para que a Justiça declare nula a Licença Ambiental expedida pelo Inea. A ação do MPF ocorreu depois que o Inea negou a acatar recomendação expedida no último dia 15, em que o Ministério Público Federal apontou vícios para o licenciamento, entre eles, não sendo precedida pelo necessário estudo ambiental (EIA/Rima).
Outro ponto, conforme o MPF, é que o Inea ignora o fato de que empreendimento principal visa à produção de energia por termelétricas:
"O órgão ambiental tem ciência de que os dois projetos possuem potencial de impactos cumulativos e sinérgicos, a merecer uma avaliação conjunta e contextualizada. Nessa linha, não se pode fatiar, fracionar ou desmembrar projetos que no seu todo implicará impactos cumulativos e sinérgicos sobre o ecossistema”, explicou o procurador da República Jaime Mitropoulos, autor da ação.
Em resposta à recomendação, segundo o MPF, o Inea confirmou que as 36 torres de transmissão, com tensão de 138kV, estendem-se de Itaguaí até a Baía de Sepetiba e que os projetos ( as torres e as usinas) estão atrelados.
Ainda conforme o procurador, não foi feita audiência pública que garanta a participação popular na tomada de decisão sobre a instalação e operação das linhas de transmissão.
Além de declarar nula a Licença Ambiental, o MPF pediu à Justiça a condenação do Inea na obrigação de não conceder quaisquer licenças que permitam a instalação e operação das 36 torres temporárias de linha de transmissão de energia, sem o aprofundado Estudo de Impacto Ambiental.
A empresa garante que todos os estudos e programas de impacto ambiental exigidos pelo órgão ambiental serão cumpridos integralmente. A Karpowership seguirá rigorosamente toda a legislação brasileira.
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