Polícia Civil chega no Condomínio Mansões, na Barra da Tijuca, onde reside o vereador Gabriel MonteiroReginaldo Pimenta

Rio - A Polícia Civil do Rio realiza, desde às 6h da manhã desta quinta-feira, dia 7, uma operação para apreender eletrônicos em sete endereços ligados ao vereador Gabriel Monteiro (sem partido). A ação ocorre após o vazamento de um vídeo em que o parlamentar aparece mantendo relações sexuais com uma menor de 15 anos. Além da casa de Monteiro, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, a polícia também está em seu gabinete, na Câmara dos Vereadores do Rio e em endereços de assessores.
A filmagem, feita pelo próprio vereador, passou a circular nas redes sociais após duas mulheres acusarem Monteiro de estupro. Elas não aparecem na filmagem, que passou a circular com legendas indagando se o ato não era consentido.
Após o vazamento do vídeo, a menor compareceu na 42ªDP (Recreio dos Bandeirantes), com os seus pais, e afirmou que autorizou a gravação. Mesmo que a gravação tenha sido consentida, filmar ou reproduzir cena de sexo com menor é crime previsto no código penal, com pena prevista de quatro a oito anos de prisão.
A decisão de busca e apreensão foi autorizada pelo plantão judicial, e é assinada pelo juiz Guilherme Chaves. O magistrado determinou a busca e apreensão de notebooks, computadores, tablets, celulares, kindles, smartphones, mídias portáteis e qualquer outro objeto que tenha relação com o crime praticado. O objeto é comprovar a autoria da filmagem e como ocorreu sua divulgação.
Além da apreensão, o juiz autorizou o afastamento do sigilo telefônico e informático de todo o material apreendido, além da quebra do sigilo de dados. Nessa última, os técnicos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli estão autorizados a buscar por mensagens de SMS e conversas contidas em aplicativos de bate-papo em tempo real e em todos os aplicativos do celular.
Na residência de Monteiro, no Condomínio Mansões, a polícia chegou às 6h20. 
No total, quatro mulheres acusam Monteiro de estupro. Além disso, ex-funcionários e assessores o denunciaram por assédio sexual e moral. Por conta das denúncias, que foram veiculadas pela primeira vez pela TV Globo, no programa Fantástico, o vereador é alvo de processo de perda de mandado na Câmara. Ele nega as acusações.
(Matéria em atualização)