A porta-bandeira Selminha Sorriso é um dos símbolos da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis que passa a ser reconhecida como Patrimônio Imaterial e Cultural do Rio Eduardo Hollanda
Com 14 conquistas no Carnaval, a escola de Nilópolis é sinônimo de tradição e trará ao Sambódromo o enredo 'Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor'.
Para o governador Cláudio Castro, a Beija-flor já é um patrimônio do Carnaval e do Rio de Janeiro. "A lei, na verdade, só oficializa e reconhece, com louvor e muito merecimento, a relevância dessa escola que tanto move os nilopolitanos e encanta todos que vão à Sapucaí ver os desfiles das agremiações", declarou Castro.
Vitor Hugo Franco, professor, doutorando em História na Universidade Federal Fluminense (UFF), falou ao DIA sobre a importância que o título representa não só para o samba como para a história da cultura afrodescendente no Rio.
"É um grande reconhecimento para a cultura negra do estado do Rio. As escolas de samba cumprem um papel social muito forte de uma cultura que já foi perseguida, desacreditada e vista como algo menor e ter esse reconhecimento é muito significativo para quem participa dos desfiles, faz parte da escola e honra os antepassados que lutaram para que o samba fosse reconhecido. O direito à diversão e às festas sempre foi cerceado culturalmente ou visto com maus olhos desde o período da escravidão e pós-abolição. Para a comunidade negra é uma forma de celebrar e respeitar o quanto há de colaboração para história do país", ressaltou Vitor.
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